22 de julho – Dia de Santa Maria Madalena

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Não sabemos quando nasceu. Não sabemos quando morreu. Há confusões contínuas de sua pessoa com a mulher prostituída e convertida por Jesus (Lc 7,36-50). Na verdade, sem fantasias e aproximações, Maria  era da cidadezinha de Magdala, nas margens do Mar da Galileia. Lucas a inclui entre as seguidoras do Mestre e relata que tinha sido uma possessa, libertada por Nosso Senhor de “sete demônios” (Lc 8,1-3).
Na Bíblia, ela é sempre mencionada em grupo. Na passagem que acabamos de citar, ela está com “Joana, mulheres de Cuza, intendente de Herodes, Susana e muitas outras que ajudavam Jesus com seus bens”. Junto da cruz, acompanhou de perto, com as outras Marias, a Senhora das Dores (ver Jo 19,25). Era uma mulher prática e que acreditava no testemunho de seus olhos. Ora, eles tinham visto a crucifixão e o golpe lança no peito do Senhor. Apesar das várias referências d’Ele á sua morte e à sua ressurreição, Maria Madalena “procurava entre os mortos quem estava vivo” (ver Lc 24,5) e chorava porque o sepulcro estava vazio (ver Jo 20,11).
Assim, Maria Madalena se parecia bastante conosco, que choramos a “perda” de nossos entes queridos, temos convicção de suas mortes, e mal cremos na ressurreição da carne, na vida eterna e na comunhão dos santos. Nossa cultura também lembra a Santa antes da conversão definitiva, seu encontro com Jesus Ressuscitado: ela só crê no que pode medir e verificar, Não consegue crer na palavra e na promessa dos Profetas e do Salvador.
Maria foi ao sepulcro cedinho com as outras discípulas de Jesus. Tudo indica que, quando elas foram dar o anúncio à comunidade apostólica, ela ficou no jardim, talvez considerando que os dois mensageiros  eram ilusão ou estavam iludidos. Entre lágrimas e nas sombras da madrugada, mais ainda, na sobras do coração enlutado, ela pensou que o Mestre era o jardineiro, até que Jesus a acordou de se pesadelo, chamando-a pelo nome: “Maria!”. Graças a esse encontro pessoal com o amado Mestre, Maria Madalena pôde, afinal, crer e proclamar a Boa Nova da Ressurreição: “Vi o Senhor! (ver Jo 20,11-18).
Pe. Paiva, SJ
Fonte: Revista Mensageiro

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As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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