Pelas estradas da vida

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Caminhos a gente faz e rasga, andando sempre. Excupéry escreveu: “Uma vez traçado o caminho, só há uma coisa a fazer, segui-lo”.
Na jornada cotidiana, é preciso armazenar coragem e força, entusiasmo e otimismo. Esperança e tenacidade. Para recomeçar sempre, enfrentando o desgaste de cada dia.
A vida nos judia, confronta e tritura. A vida nos envelhece e machuca, diariamente, mas sempre nos restam tantas ilhas benfazejas, repousantes. Os momentos bons. As horas alegres. Os instantes de plenitude. Já descobri que é preciso estocar essa bagagem leve, cheia de sol, para os momentos maus, para as noites de angústia, de tribulação. Vale o lembrete: nunca destrua uma ponte. nas horas de enchente e tempestade, ela pode fazer uma falta imensa!
Outra lição, velha como o mundo: quando iniciamos bem, a metade do trabalho foi realizada. E noventa por cento está garantida, por antecipação. Marcos Noronha, num dos seus livros, reflete: “O homem escolhe a morte, lá no escondido, quando não tem mais caminho”.
Vida plena é um processo, uma direção e um destino. Nas artérias da vida enxertada em Cristo circula sangue jovem, num dinamismo que não estanca nunca. Vida plena, à luz do Evangelho, é luta e conquista, bandeira no topo da montanha, prêmio de mil batalhas e muitas imolações. Viver é caminhar, colocando a mochila às costas a cada amanhecer.
Bem-aventurados os que não abandonaram seu caminho traçado por Deus, o Pai que nos ama infinitamente. Desertar é perecer. E perecer fugindo tem gosto de traição. O velho Goethe tinha razão: “Fora da vida, dois caminhos se abrem. Um conduz ao ideal, outro conduz à morte”. 
Verdadeira vocação é aquela à qual não se pode renunciar. E o verdadeiro caminho é aquele que não posso abandonar. Sabedoria total? Ser fiel a ambos, ao caminho e à vocação.
Felicidade é dom e conquista,
plantio perseverante, lenta maturação…
Os milagres da vida
brotam sempre da raiz escondida
nas profundezas do chão.
Pe. Roque Schneider, SJ
Fonte: Revista Mensageiro do Coração de Jesus 

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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