9º Mandamento: Não cobiçarás a casa do teu próximo, não desejarás a mulher do próximo

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9°) NÃO DESEJARÁS A MULHER/HOMEM
DO/A PRÓXIMO/A (Ex 20,17)

«Não cobiçarás a casa do teu próximo, não desejarás a mulher do próximo,
 nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, ou o seu jumento, 
nem nada que lhe pertença» (Ex 20, 17).

«Todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, 
já cometeu adultério com ela no seu coração» (Mt 5, 28).

São João distingue três espécies de cupidez ou concupiscência: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (253). Segundo a tradição catequética católica, o nono mandamento proíbe a concupiscência carnal; e o décimo, a cobiça dos bens alheios.
Em sentido etimológico, «concupiscência» pode designar todas as formas veementes de desejo humano. A teologia cristã deu-lhe o sentido particular de impulso do apetite sensível, contrário aos ditames da razão humana. O apóstolo São Paulo identifica-a com a revolta que a «carne» instiga contra o «espírito». Procede da desobediência do primeiro pecado.  Desregra as faculdades morais do homem e, sem ser nenhuma falta em si mesma, inclina o homem para cometer pecado .
No homem, porque é um ser integrado de espírito e corpo, já existe uma certa tensão. Trava-se nele uma certa luta de tendências entre o «espírito» e a «carne». Mas esta luta, de facto, faz parte da herança do pecado, é uma consequência dele e, ao mesmo tempo, uma sua confirmação. Faz parte da experiência quotidiana do combate espiritual:

«Para o Apóstolo, não se trata de desprezar e condenar o corpo que, com a alma espiritual, constitui a natureza do homem e a sua personalidade de sujeito; pelo contrário, ele fala das obras, ou antes, das disposições estáveis, virtudes e vícios, moralmente boas ou más, que são o fruto da submissão (no primeiro caso) ou, pelo contrário, da resistência (no segundo caso) à ação salvadora do Espírito Santo. É por isso que o Apóstolo escreve: “Se vivemos pelo Espírito, caminhemos também segundo o espírito” (Gl 5, 25)» .

“Todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração” ( Mt 5,28).

O nono mandamento adverte contra a cobiça ou concupiscência carnal. A luta contra a cobiça carnal passa pela purificação do coração e a prática da temperança.

A pureza do coração nos permitirá ver a Deus e nos permite desde já ver todas as coisas segundo Deus. A purificação do coração exige a oração, a prática da castidade, a pureza da intenção e do olhar.

A pureza do coração exige o pudor que é paciência, modéstia e discrição. O pudor preserva a intimidade da pessoa.

Texto com Adaptações
Imagem: Google

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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