Bem vindo corpo sagrado, num corpo de mulher.

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Bendito é aquele que veio como corpo e sangue oferecido pela vida da humanidade. Amor sem igual, pão a ser comido e vida a ser vivida no amor que se oferece e jamais volta atrás.
Doação aprendida, ‘Sim’ que o nutriu em todos os momentos no ventre de Maria. Espada predestinada a jovem de Nazaré que pouco a pouco compreendia estas palavras, mas não recusou gestos compartilhados entre mãe e filho. Passos que eram perguntas, pausas que se assumiam em resposta.
Onde está o pequeno Emanuel de Maria, visitado pelo povo apresentado no tempo, curioso e aprendiz. Terno, que toca com tamanha profundidade e se deixa tocar. Que tem uma força que desconhece e cura, ama, aprende, silencia.
A festa de Corpus Christi deve nos ajudar a fazer memória, compor história, voltar às origens. Às vezes olho meu povo tão igual e diferente do povo daquele tempo, com fé, com força, às vezes também olhando de longe. Mas o distanciaram tanto, o incensaram e o encobriram de esplendor.
Onde está o meu simples Jesus, filho de Maria e José que coerentemente ergueu o pão e viu nele seu corpo que seria entregue e ergueu o vinho pressentiu o seu sangue derramado.
Nesta festa de Corpus Christi cai bem o grito e o lamento de Madalena: “Onde está o meu Senhor!” O cobriram com tantos ornamentos que pergunto, onde ficou as sandálias gastas do Filho do carpinteiro?
Ir. Marilda de Souza, OSR. 

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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