Vida e Missão de Madre Antonia – Resistência ao chamado de Deus

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Mesmo com a resistência de Antonia e as razões que ela deu para não aceitar, Padre Serra Insistiu, pois sabia do potencial que ela tinha. Apesar da rejeição e repugnância, Antonia pensou com mais tranquilidade e começou a visitar as casas de recolhidas com a intenção de ver em que poderia colaborar financeiramente. Não suspeitava que ao caminhar nessa direção, se deixava levar pelo mesmo Espírito que inspirou o P. Serra. Visitou a casa dirigida pela Sra. Eulália Vicuña e reconheceu que “era admirável”.
Surpresa, ela escreveu ao Padre Serra: “Quem poderia dizer que eu faria o que fiz hoje? O senhor faz milagres. Que não faria eu para obedecer-lhe e pela glória de Deus?”.

A repugnância continuava. O trabalho da graça também. Era questão de tempo. Serra via-o com clareza e respondeu:

“Não lhe peço que faça nada contra a sua vontade e com repugnância. Eu pensei que a senhora era a pessoa certa para ajudar-me, mas não deve fazer nada a contragosto… pedirei esmolas e farei tudo o que puder, e se ninguém me ajudar, eu o farei só com a graça de Deus e com o apoio daquele que carregou nos ombros a ovelha perdida de não deseja a morte do pecador, mas que este que se converta e que viva.”


Fonte: Antonia de Oviedo y Shöntal, 2004.
Para uma Juventude Livre. Padre Serra e Madre Antonia, 1985.
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Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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