A Apresentação da Virgem Maria no Templo – 21 De Novembro

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De acordo com a Constituição Dogmática Lumen Gentium, a Igreja Católica celebra o culto à Virgem Santíssima com as Festas de Nossa Senhora, dentro do calendário litúrgico. Ao celebrar o ciclo anual dos mistérios de Cristo, a Igreja celebra a Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, pois está unida, indissoluvelmente, à obra de salvação do seu Filho. (Constituição Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia, § 103).
A Sagrada Escritura não relata o nascimento de Maria Santíssima nem o episódio da sua apresentação no templo. Entretanto, muitos escritos apócrifos e a Tradição, narram, com muitos detalhes, que a Santa Menina, a pedido seu, foi levada por seus pais, Joaquim e Ana, ao templo na idade de três anos, onde se consagrou em corpo e alma ao Senhor. Segundo a mesma tradição apócrifa, ela teria ali permanecido até os doze anos, saindo apenas para desposar São José.
Imagem: reparatoris.wordpress.com
O Papa Paulo VI, em sua exortação apostólica Marialis Cultus (I PARTE § 8), escreveu que “apesar de seu teor apócrifo, a história da Apresentação propõe conteúdos de elevado valor exemplar e continuam veneráveis tradições, radicadas sobretudo no Oriente”.
Segundo a Tradição, no templo havia um colégio para meninas pobres que recebiam, ali, sólida instrução, além de servir a Deus por meio dos seus trabalhos, estudos e piedosas práticas. À luz do que conhecemos, entendemos que também a infância e a adolescência da Mãe de Deus deveriam ter sido momentos importantes, totalmente marcados pela Graça Divina.
A liturgia aplica à Virgem Santíssima algumas frases dos livros sagrados relativamente à Apresentação de Maria no templo:
“Assim fui firmada em Sião; repousei na cidade santa, e em Jerusalém está a sede do meu poder. Lancei raízes no meio de um povo glorioso, cuja herança está na partilha de meu Deus; e fixei minha morada na assembleia dos santos. (Eclo 24, 15-16).
Elevei-me como o cedro do Líbano, como o cipreste do monte Sião; cresci como a palmeira de Cades, como as roseiras de Jericó. Elevei-me como uma formosa oliveira nos campos, como um plátano no caminho à beira das águas (Eclo24, 17-19).
A festa da Apresentação da Virgem Maria no Templo expressa sua pertença exclusiva a Deus e a completa dedicação de sua alma e de Seu corpo ao mistério da salvação, que é o mistério da aproximação do Criador às suas criaturas. Além de festejar um acontecimento da vida de Nossa Senhora, a festa da Apresentação quer nos recordar também, o período que vai do Seu nascimento até a Anunciação do Anjo. Ao celebrá-la, a Igreja quer clarificar, tanto quanto possível, o silêncio existente na Sagrada Escritura acerca do primeiro período da vida de Maria Santíssima.
A memória da apresentação de Maria nos mostra que Ela estava preparada para sua missão desde a infância, motivada pelo Espírito Santo, de cuja graça estava repleta desde a sua imaculada concepção.
Rezemos a Nossa Senhora:
Ajudai-me a amar o Vosso Deus com toda a minha alma, com todas as minhas forças, Virgem Santíssima, menina sem mácula, auxiliai-me com a vossa bênção. Amém.
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Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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