Abra seu coração e deixe Jesus entrar

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Essas palavras de São Paulo nos remetem para o grande mistério da Encarnação: Deus que se dignou a entrar na história da humanidade assumindo a natureza e a cultura de um povo. A presença divina na realidade humana é o maior presente que alguém pode receber. Foi isso que aconteceu naquela noite fria de dezembro, numa gruta aos arredores de Belém, na Judeia. O primeiro NATAL trouxe LUZ e SALVAÇÃO para todos: “Nasceu hoje um Salvador”, disse o anjo aos pastores.
Deus poderia ter feito tudo sozinho, sem depender de ninguém. Mas Ele quis que nós participássemos do Mistério. Escolheu  uma jovem,  cobriu–a com a força do Espírito Santo, e ela deu à luz o EMANUEL: Deus conosco. Em Maria toda a humanidade está representada no gesto de acolher o Redentor e mostra-lo ao mundo. “Um Filho nos foi dado”, disse o profeta! Esse Filho cresceu; anunciou a chegada do Reino Celestial em palavras e obras; arrebanhou multidões; fez discípulos, enviou-os em missão; entregou sua mãe para cuidar de todos os que acreditassem n´Ele. Hoje somos os continuadores dessa história. É isso mesmo, somos continuadores do Natal. Somos Natalinos.
Quando se faz silêncio interior e se consegue ouvir a voz do Amor, o Natal acontece. Você é Natal “quando se dispõe, todos os dias, a renascer e deixar que Deus penetre em sua alma” (Papa Francisco). A alma é o que há de mais profundo em um ser humano; alma é vida, é razão de ser, é a garantia de nossa identidade como imagem e semelhança divina. A Bíblia afirma: “Então Deus formou o homem como o pó da terra e soprou em suas narinas o sopro da vida, e o homem tornou-se um ser vivente”. (Gn 2,7). Cada um tem a sua alma, ninguém penetra nela se nós a fechamos. Nem o próprio Deus quis interferir na alma das pessoas em o consentimento delas, embora Ele seja o seu criador.
História registra inúmeras situações em que os homens perderam a identidade porque fecharam suas almas. Desde Caim até nossos dias, a teimosia humana em querer ser o que não é atraiu sobre as pessoas as consequências danosas das competições e discórdias, dos ódios e rancores que geraram e sustentaram as muitas guerras. Mas não é esse o querer de Deus. “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança” (Gn 1,26). Cada vez que a humanidade resiste à vontade divina, o criador encontra caminhos para fazê-la voltar à sua razão do ser. É o que aconteceu no Natal, em Belém, e é o que acontece todos os anos quando celebramos o nascimento do salvador.
A verdadeira celebração não está nas exterioridades (luzes, estrelas, presentes, lindas canções etc.), mas no interior de cada um. É lá, na alma humana, que o Natal acontece de fato e de verdade. É lá, no mais profundo do nosso ser, que o verdadeiro Natal se faz realidade: quando abrimos nosso interior e permitimos que Deus penetre nele para nos fazer renascer.
Mais uma vez temos a oportunidade de abrir nossa alma a Deus. Queremos repetir a voz do anjo e anunciar aos pastores do nosso tempo que “Nasceu para vós um Salvador, que é o cristo Senhor”!
Pe. João Batista de Almeida C.Ss.R.
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Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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