Queremos ampliar o som de gritos abafados, para revelar as vozes abafadas das mulheres. Esta é a missão Oblata que ultrapassa as fronteiras virtuais
Os podcasts foram configurados como um recurso para aprender e disseminar informações. Com o objetivo de conscientizar a sociedade e também facilitar o consumo de conteúdos novos e de qualidade, a Rede Oblata Brasil lança o podcast ‘Grito Mulher’ , apresentando o tema Saúde Mental das Mulheres no episódio de abertura. A psicóloga Isabel Brandão, que trabalha na Rede Oblata em Belo Horizonte, na unidade de Diálogos pela Liberdade, é convidada a compartilhar conhecimentos e contribuir um pouco de sua experiência no atendimento a mulheres que praticam prostituição em situações de vulnerabilidade social.
Mas afinal, o que é saúde mental? As mulheres são as mais afetadas pela quarentena? E agora? Estas são algumas perguntas que revelam os tópicos discutidos no podcast, com direito a uma declaração comovente e motivadora de Michelle, respondida pela Rede Oblata.
A proposta é trazer conhecimento, questionar e instigar mais diálogos sobre questões que impactam a vida das mulheres , tais como: invisibilidade e vulnerabilidade social, prostituição feminina, estigma e violações de direitos, enfrentar o tráfico de mulheres para fins de exploração sexual, empoderamento , empatia, enfrentamento da violência contra a mulher, acesso à rede de assistência social, práticas socioeducativas, saúde integral, espiritualidade, defesa e garantia dos direitos humanos da mulher, entre outros.
E, lembrando o Papa Francisco, que pede à Igreja que abraça novas fronteiras de missão em direção às periferias existenciais, essa iniciativa de comunicação com a sociedade fortalece e reflete o carisma da congregação das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor. Baseado no seguimento de Jesus, esse carisma «sensibiliza, capacita e é a força motriz para guiar todas as potencialidades pessoais em favor desta missão, que nos compromete a defender os direitos, na busca de oportunidades de promoção e inclusão. Isso leva à superação de aparências e estigmas sociais para acolher e respeitar as mulheres mais vulneráveis em sua dignidade, onde o reflexo de Deus é descoberto. Em meio às adversidades e conflitos, prevalece o poder transformador da compreensão, do amor e da esperança.
Apoiada na experiência da missão , na realidade em que vivemos e no processo de escuta ativa, Isabel traz uma reflexão, enfatizando que “a humanidade como um todo está pedindo atenção”. E acrescenta: «Como as mulheres nos localizam hoje no mundo? Só porque somos mulheres, podemos ser mortos. Então, isso gera algum tipo de instabilidade e insegurança que nos tornam mais doentes que os homens?
Segundo a Organização Mundial da Saúde, estudos mostram que as mulheres são mais propensas a serem diagnosticadas com depressão do que os homens. Isso pode estar relacionado a fatores como sobrecarga de trabalho, alterações hormonais e outros problemas sociais.
É necessário parar, ouvir e unir forças na luta pela justiça social, na construção de um mundo melhor para todos. Siga e compartilhe o podcast Scream Mulher!
Fonte: http://www.hermanasoblatas.org/sin-categorizar/rede-oblata-destaca-tema-la-salud-mental-lanzamiento-del-podcast-grito-mulher
Ouça no Spotify: Clique aqui
Conteúdos do blog
As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.
