ENCONTRO VOCACIONAL

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Acolhendo e cultivando a semente da vocação foi o tema do primeiro encontro vocacional deste ano, realizado na comunidade Nazaré de 15 a 17 de março de 2013. Contamos com a participação de cinco jovens que estão em processo de discernimento Vocacional no SAV Oblatas e com a presença de Ir. Roseli, Paula e a Postulante Priscilla, e a partir da tarde do sábado, pudemos ter a presença das Irmãs. Maria Helena e Beatriz.

Com muito carinho a equipe do encontro esperava as jovens junto com cada irmã da comunidade Nazaré, e a chegada de cada menina era uma animação e recepção calorosa, onde todas nós nos sentíamos muito felizes e partes do Santuário que é a comunidade Nazaré. E assim começou o encontro na sexta-feira à noite, com uma oração para que elas pudessem ir adentrando ao tema proposto, deixando desde já Deus falar. Apresentamos a música Semente mulher que fala desse “ser semente”, de poder gerar vida aos que sofrem, meditamos com o poema “Em ti permanecer” da Fernanda Priscila e neste clima de oração, escuta, silencio e recolhimento, fomos encerrando a noite.

Depois de uma noite de oração e descanso, iniciamos o nosso sábado com a Santa Missa, juntamente com a comunidade de Nazaré, tivemos aquele delicioso café da manhã com as irmãs e Marias e em seguida demos inicio ao nosso dia de sábado com uma dinâmica de conhecimento ao ar livre, bem descontraído, onde elas se apresentavam fazendo gestos com as mãos, batendo palmas, sendo que os gestos tinham que acontecer em sintonia. Em seguida, elas foram convidadas a procurarem no jardim algum objeto que tivesse a ver com cada uma e a partir deste, elas falaram o porquê da escolha daquele objeto, o que aquele objeto tem haver com elas, o que mais chamou atenção e o que menos gostou. E assim foram se apresentando com mais profundidade. Foi um momento muito rico e significativo. Encerramos o momento com uma ciranda cantando o “Baião das comunidades”.

E neste clima fomos para a sala onde aconteceu o encontro. Fizemos uma retomada da noite, do momento orante e também fizemos uma retrospectiva do último encontro, como passaram este tempo entre um encontro e outro e o que ficou marcado no coração delas, entre outras coisas. E dentro desta perspectiva, pedimos para que cada uma pudesse escrever numa folha em formato de semente o que gostaria de semear neste encontro e que expectativas traziam, e num gesto de oferenda colocaram na terra que estava preparada na ornamentação do espaço.

Seguimos aprofundando o tema do encontro com uma dinâmica da mão, onde elas foram motivadas a buscar elementos do discernimento vocacional. Iniciamos com uma música do Ivan Lins “MÃOS”, em seguida fomos motivando-as a contemplarem as próprias mãos, que pudessem observar cada marca que traziam que contemplassem cada dedo e as digitais contidas, que são as marcas que nos identificam e são únicas, e assim como as digitais, nós somos assim para Deus. Pedimos para que em silencio pudessem contemplar “Poemas das Mãos” que tinha trechos espalhados pelo ambiente e em seguida voltassem a contemplar a própria mão, pensando o que aquilo representava no processo de cada uma. Em seguida foram convidadas a ficar em dupla e neste mesmo silêncio contemplar a mão da outra, a tocá-la e perceber a outra, aquela que caminha junto com você, motivando-as a perceberem a diferença entre as mãos, a singularidade de cada dedo, de como ficaríamos se não tivéssemos um dos dedos, sempre fazendo um paralelo com nossa busca. Para finalizar o momento, convidamos a pintarem as mãos com tinta guache e marcarem a pintura num TNT; depois de deixarem sua marca fomos partilhar, refletir com elas este momento que foi profundo, marcante.

Depois do almoço, retomamos o encontro com uma música bem animada, onde elas dançaram e em seguida demos um texto para reflexão individual. Este texto falava das diferentes vocações (matrimônio, leiga consagrada e Vida Religiosa) elas tiveram uma hora para rezarem e refletirem sobre o texto, depois retornaram, partilhamos algumas perguntas que continha junto ao texto, foi um momento muito interessante, porque elas falavam como se viam daqui há 20 anos, o que entenderam sobre cada vocação, partilharam experiências. Em seguida da partilha, elas formaram duplas e cada dupla deveria defender uma vocação, falar o que sabia a respeita delas e deveria convencer as demais. Cada uma usou sua criatividade para convencer as outras, foi divertido e interessante.
Após um dia tão rico, com tantas experiências e vivencias, no final da tarde assistimos a um pequeno filme falando sobre vocação: “A decisão é Tua”. Contou a história de uma menina que decide ser freira e passar por todo processo de contar para a mãe que inicialmente não aceita, mas no fim aceita e se alegra com a escolha da filha, porém no decorrer da história aparecem histórias secundárias que mostram outras pessoas buscando a vocação também e encontrando fora da fora Religiosa. No término do filme partilhamos e elas se identificaram muito com a história, cada uma trazendo sua realidade, falavam com o coração, traziam suas experiências, enriquecendo o encontro, colocando as dúvidas, os anseios os medos, tudo que a menina no filme vivia elas faziam um paralelo com a história delas.

Na noite de sábado, tivemos um momento de lazer com as irmãs e marias. As vocacionadas fizeram uma apresentação de dança, em seguida fizemos brincadeiras de qual é a música, e de adivinharem o nome da música a partir das mímicas. Foi muito divertido e descontraído. E no fim as Irmãs contaram piadas para encerrar o encontro com “chave de ouro”. Tudo isto regado a pipocas, refrigerantes e chocolates. Foi uma noite de risos, brincadeiras e alegria.  E assim nos despedimos para nos encontrarmos no domingo último dia do encontro. Dia do Senhor.
Iniciamos nosso domingo com a missa, após, retomamos o encontro com a apresentação de Ir. Roseli sobre discernimento vocacional. Momento muito rico, aonde a irmã trazia traços de um discernimento, as vocacionadas faziam perguntas, deixando o encontro muito mais dinâmico e participativo. Foi mostrado um vídeo de alguns segundos mostrando como a semente é plantada e germinada, onde pudemos aprofundar um pouco mais na questão do discernimento com o tema do encontro. Foi um momento muito participativo, tanto da equipe, quanto das vocacionadas, aonde a cada colocação de irmã Roseli, o tema ia se aprofundando de acordo com as dúvidas que surgiam, um espaço especial de conversa, partilha e acolhimento de cada anseio e desejos de conhecer e se autoconhecer.

Após o almoço tivemos um momento para que as vocacionadas pudessem fazer perguntas. Elas perguntaram algumas coisas para a Postulante Priscilla, dúvidas relacionadas a discernimento, missão, medos, inseguranças. Um momento muito agradável de partilha de vocação, de trocas de experiências deste caminho que elas estão, cada uma em sua etapa, porém buscando fazer a vontade de Deus.

Encerramos nosso encontro com uma adoração ao Santíssimo Sacramento, foi um momento de fazer uma retrospectiva do encontro, retomar tudo aquilo que foi vivenciado e entregar nas mãos do Pai. Iniciamos este momento com a música “Tu és o Sentido”, de Suely Façanha e terminamos entregando para elas um símbolo que elas pudessem retomar este encontro. Podemos dizer que foi um encontro onde elas puderam se perceber, se perguntarem como anda este solo sagrado? Como estão cuidando desta terra? Como fazem para regar esta terra que Deus as deu.





Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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