(paralelo em Mc 5,21-43; Lc 8, 40-56)
A relação profunda e íntima, manifesta no toque, aparece nessas duas histórias, assim como já estava presente em Mt 8,14-15. O poder de Jesus é poder relacional. Às vezes ele busca, outras vezes é buscado.
Na narração de 9, 18-26 há algo que chama a atenção de forma especial,. Duas vezes o autor menciona a palavra “filha” (9, 18 e 9,22). Este é mais um elemento que entrelaça as duas histórias. Mas de forma qualitativamente diferente. Uma é caracterizada de “filha” dentro de uma família patriarcalmente estruturada. A outra é uma mulher que não tem vínculo com tal estrutura, e Jesus a chama de filha. Que significa isto? Jesus está criando um novo espaço de vida, uma nova possibilidade de vida dentro do espaço não hierarquicamente estruturado do Reino de Deus. Aqui também as mulheres são chamadas para o discipulado. O Reino de Deus é feito de filhas e filhos que vivem seu discipulado como pessoas libertas e livres de estruturas de dominação. Aí se faz a experiência de que o Pai é de todos e de todas. O Pão em consequência é também para todas e todos. Não existe Reino sem Pai e sem Pão, isto é, sem experiência das Novas Relações… E estas são sempre inclusivas… Ninguém pode ficar de fora…
Vamos Rezar este texto com a luz da Palavra.
Peça a graça de sentir-se amada e filha preferida por Jesus.
- Aprofunde a experiência de Mt 9, 18-26 na oração.
- O que o texto diz para você?
- Quais os sentimentos devem ter experimentado Jesus, A mulher e a menina?
- Que sentimentos ficam em você?