A espiritualidade do natal, segundo Afonso, é de alegria e festa. A encarnação de Jesus Cristo é um mistério maravilhoso que une céu e terra. O verbo se faz carne e diviniza a humanidade, penetra-a com seu poder. Natal é graça. Não uma graça que Jesus conserva para si mesmo. É uma graça que, ao comunicar-se e doar-se, revela toda sua grandeza. “Um menino nos foi dado”; “o verbo se fez carne e veio habitar no meio de nós”; “nascei-nos um salvador”, Para nós, no meio de nós, em nós. É um presente de Deus a cada um e a toda humanidade. Jesus quer inserir todos na família de Deus. Humanizou-se para que homens e mulheres pudessem divinizar-se.

O natal nos coloca no coração do mistério da nossa fé e da nossa adesão a Jesus. “O amor quer ser amado”. Para vivê-lo bem não basta enfeitar a nossa casa, comprar presentes para os amigos, fazer uma bela ceia. Tudo isso é supérfluo. Sabemos que Cristo estará ausente de muitas ceias. Muitos nem se lembrarão do “aniversariante”. E lá fora Herodes continuará a matança dos inocentes. Por isto devemos enfeitar o nosso coração para receber o menino-Deus. Como fazê-lo? Deixando de lado o egoísmo e pensando nos irmãos.

Pe. Carrara, C. Ss.R. – Roma
Fonte: Revista Akikolá – Redentoristas do Leste em Notícias
– Ano 20 – nº10 – Dezembro de 2002