Saudade é uma palavra de origem latina, utilizada para definir sentimento de falta de algumas pessoas, objetos, lugares ou acontecimentos vividos. A história retrata que o surgimento da expressão se deu na época da colonização do Brasil, onde os portugueses sofriam com a distância de sua terra, sua casa e seus familiares.
Nem toda língua traduz um significado para a palavra saudade, pois muitas não são capazes de explicar esse sentimento de ausência, de carência ou de melancolia. Trazem um sentido empobrecido e frio desse sentimento tão nobre. Na língua inglesa a palavra saudade é demonstrada como sentir a falta (i miss you), no espanhol é a falta que provoca recordação (recuerdo), no francês é lembrança ou souvenir e no italiano uma recordação de afeto (rocordo affetuoso).
Em 30 de janeiro comemora-se o dia da saudade, a fim de dedicar às lembranças de pessoas que não estão mais em nosso meio, seja por mudança ou por falecimento. Além disso, podemos sentir a falta de festas de família, de amigos e professores da escola, entre outros… Por ter um caráter melancólico e triste, a palavra saudade aparece em poesias e poemas, retratando os sentimentos de seus autores. Muitas músicas falam de saudade, a fim de mostrar o lado romântico da vida, existente nas relações afetivas, nos amores perdidos, na família ausente, nos animais que partiram, nas viagens, etc.
Fernando Pessoa escreveu um poema com o nome de Saudade. No mesmo, o escritor relata seus sentimentos sobre a amizade:
“Um dia a maioria de nós irá se separar.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora,
as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que compartilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia,
das vésperas de finais de semana, de finais de ano,
enfim… do companheirismo vivido. […]
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente…
E nos perderemos no tempo…
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: ,
não deixes que a vida passe em branco,
e que pequenas adversidades seja a causa de grandes tempestades…
Eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!”