“Ave Maia, plena de graça”. Saudar Maria é acreditar na plenitude que nos vem de Deus. Em nossa experiência cristã, somos motivados pela convicção de que Deus age no coração de quem O acolhe. A graça faz parceria com nossa liberdade. Somos responsáveis em dar nossa contribuição e acreditar que Deus vai nos plenificando em Jesus Cristo, com a força de seu Espírito.
Maria é modelo de quem acreditou nessa proposta. Enxergou além, fazendo-se serva do absoluto. Por isso, seguir o Cristo, como Maria, é colocar-nos na estrada da acolhida e da entrega. Os Cristãos autênticos são aqueles que se tornam mensagem do Divino ao lutar pela transformação de si e das coisas que estão à sua volta. Não devemos aprisionar a Graça no interior de nossas próprias satisfações, mas fazer com que ela seja irradiada. Somos geradoras e geradores de Cristo para o mundo. De outro modo: onde mora um cristão, ali deveria existir um sinal de paz, de fraternidade, de acolhida, de solidariedade. Traços tão Marianos.
Assim, celebramos Maria durante todo esse mês de maio. Celebramos também todas as mães! Quantas se colocam, ainda hoje, como mulheres fortes, geradoras de novidades em nossa Igreja, no trabalho, na política; mãos que cuidam, com ternura, da vida. Expressemos neste tempo, nossa alegria em saber que ter mãe é não ser fruto do acaso, mas de um seio profundamente parceiro da graça do Criador.
Pe. Vicente de Paula Ferreira, C.Ss.R
Revista Akikolá – maio de 2004
E com esta música de Milton Nascimento homenageamos todas as Marias de nossas vidas.