Você já parou para pensar como é bom andar de um lado para o outro, respirar, engolir naturalmente, piscar os olhos diante da luz ou fechá-los quando o sono implacável chega? Atividades na aparência simples, por que prestar atenção nelas? – você dirá.
Nosso corpo funciona tão perfeitamente que nos acostumamos a ele, assumindo-o como naturalmente a nosso favor, sempre.
Até aí, tudo bem.
Só que junto com o corpo caminha nossa alma, nosso estado de espírito que influi, e muito, no organismo. E essa influência pode ser positiva ou negativa, para o bem ou para o mal… E isso não se dá sem mais nem menos, mas segundo nossa vontade.
Foi Deus quem “bolou” a vida assim. “Feliz quem não se conduz segundo as normas dos ímpios, nem segue a estrada dos maus ou vem sentar-se com eles, mas ama a Lei do Senhor, e dia e noite a medita!” (Sl 1,1-2).
Mas para seguir o caminho do bem é preciso harmonizar corpo e alma. Como conseguir isso? Vamos lá: Deus soprou vida dentro de você! Sinta a vida pulsando, e ela pulsa alegremente: o sangue circula, o coração bate ritmado…; respire fundo e assim você aquieta a mente inundando-a com uma sensação de bem-estar. Entre em contato com consigo mesmo e vá prolongando o estado de quietude para então sentir a proximidade divina.
Nesse quase estado de graça, regate a alegria interior. Ela está aí mesmo, dentro de você. Claro, a vida não é um mar de rosas, mas a alegria pelo dom da vida é, pura e simplesmente, genuína. Alegria que vem da certeza de que o dom é divino e de que o dom é divino e de que habita em nós.
“O Senhor é meu pastor: não me falta coisa alguma!” (Sl 23,1).
Pois bem. Alegres e conscientes da alegria que habita no nosso corpo, templo vivo de Deus, devemos ficar atentos ao que fazemos ao que fazemos com o dom da vida, agradecendo-o sempre e em todo lugar. Ensinaram-nos a agradecer uma gentileza, um favor…, mas e o presente da vida, a “saúde de ferro”? Pense nisso de vez em quando e, se não se convencer de que estar vivo é formidável, tente se colocar no lugar daquele que não ouve, nem vê, que está preso a uma cadeira ou respira com a ajuda de aparelhos. Que dirá daquele que mal chegou e já tem que partir.
É preciso agradecer a todo instante esta oportunidade única e que cedo ou tarde vai acabar.
“Cantarei ao Senhor enquanto eu viver; cantarei louvores ao meu Deus, enquanto eu tiver existência” (Sl 104,33).
Ah, a vida! Ela vale mais que tudo… e é tão curta: vamos aproveitá-la com alegria e gratidão e “todo o resto virá por acréscimo”.
Sandra Garcia custódio
Fonte: Revista Mensageiro do Coração de Jesus – Janeiro/ Fevereiro de 2015