Lembrar-se de Deus mais vezes do que se respira

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Quando eu começava minha vida de carmelita (Noviciado), havia um velho “Catecismo da oração” e nele havia uma expressão que me fazia rir: “A oração é para o carmelita como a água para o peixe. Sem ela, morre”. Eu, ignorante de tudo, ria diante dessa afirmação tão verdadeira. Lentamente, comecei a compreender como sempre devemos tê-la presente se quisermos ser pessoas vivas diante de Deus. Não podemos ficar sem respirar por muito tempo. Assim, necessitamos recorda-nos muitas vezes durante o dia de Deus, nosso respiro e nossa água viva, para ter uma vida espiritual sadia. 
Com este número do Catecismo, iniciamos o capítulo terceiro da quarta parte, “Avida de oração”: “A oração é a vida do coração novo e deve nos animar a cada momento. Nós, porém, esquecemo-nos daquele que é nossa Vida e nosso tudo. Por isso, os Padres espirituais (…) insistem na oração como ‘recordação de Deus’, como um despertar frequente da ‘memória do coração’; É preciso se lembrar de Deus com mais frequência do que se respira. Mas não se pode orar  ‘sempre’, se não se reza em certos momentos, por decisão própria: são os tempos fortes da oração cristã, em intensidade e duração” (CIC, nº 2697).
O importante é que a Palavra comece a se transformar em vida. Pouco adianta conhecer muito a respeito da oração na Bíblia e nos grandes escritores cristãos, mas não rezar. Como pouco serve saber todas as receitas e não comer. Importa ter Deus no coração e ser atentos a Ele. Recordar-nos de Deus, de suas maravilhas …É possível  fazer isso em todos os momentos de nossa jornada. Despertar nossa mente, nosso coração para que celebremos a presença de Deus. Quanto mais amamos, mais as pessoas não saem da nossa atenção e do nosso coração”.
As palavras do Catecismo são como a porta para nosso caminho orante, onde veremos que a oração exige não só recordar-se de Deus na mente e no coração, mas dedicar-lhe momentos especiais do nosso dia a dia, a fim de conversar com Ele, estar com Ele, sem procurar distrações.
Frei Patrício Sciadini, OCD
Fonte: Revista Mensageiro do Coração de Jesus

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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