Espiritualidade Redentorista – Espiritualidade dos Sentidos

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Dualismo é separa corpo e alma. é opor corpo x alma. Mas a tradição filosófica do Ocidente fala nesta dualidade corpo-alma. Não dá para estendê-la de forma correta e boa? Dá sim. Tanto é possível que ela foi assumida na fala da teologia cristã. Toda via, nem sempre se conseguiu evitar o mesmo equivoco de oposição e separação.
Como entender corretamente a expressão de que somos uma idade composta por corpo-alma? CORPO  é o ser humano todinho, inteiro, enquanto vive a dinâmica biológica: cresce, se desenvolve amadurece, vai a vida declinando e morre. Ao dizer que somos corpo estamos dizendo que vivemos nos limites próprios da biosfera, marcados pelo tempo e pelo espaço. Onde o que vive, morre. ALMA, é o ser humano todinho, inteiro, na medida em que é liberdade consciência, desejo e busca, experiência pessoal. Sonhando o definitivo bom e belo, a felicidade sem fim.
Somos esta realidade tensa, esta unidade composta. É parte de nossas condição de homem/mulher esta-no-mundo e ser mundo: Mas também nos pertence estar para além do mundo, transcendendo. Viver assim é obra de nossa consciência, nossa subjetividade. Viver atentos aos nossos sentidos, à corporeidade. Atento aos nossos sentimentos e nossas emoções, ressonância de nossas histórias de vida.
Uma espiritualidade que não escuta o corpo que fala, não o acolhe e interpreta, acaba inimiga do humano e com práticas que o adoentam. O Espírito Santo de Jesus potencia nossa sensibilidade e a centração no essencial. Facilita-nos discernir os enganos dos sentidos e encontrar a autenticidade no ser sensíveis ao Amor solidário. E quando comungo o corpo e o sangue de Cristo Jesus, aprendo a compreender melhor o que seja o fato de Ele, o Verbo do Pai , se fazer carne em nossa realidade humana: para que toda a carne se faça palavra que conhece o Pai e o ama.
Pe. Dalton, C.Ss.R.
Fonte: Revista Akikolá

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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