Sim, como está escrito: “Dedicai-vos a um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus por Jesus Cristo (…) Vós sois uma reça eleita, um sacerdócio real, uma nação santa, um povo de sua particular propriedade, a fim de proclamardes as primícias daquele (Cristo) que vos chamou das trevas à sua luz admirável, vós que, antes, não éreis um povo, mas agora sois o Povo de Deus” (ver 1Pd 2,5-10).
Este é o sacerdócio comum a todos os fiéis cristãos, dado pelo Batismo. Ele é a base para outra participação na missão de Cristo; é a do ministério conferido pelo sacramento da Ordem, cuja missão é servir à comunidade em nome e na pessoa de Cristo, Cabeça do Corpo, que é a Igreja.
A Ordem, por conseguinte, é o sacramento pelo qual a missão conferida por Cristo aos Apóstolos continua sendo exercida na Igreja até o fim dos tempos. É o sacramento do ministério apostólico. Paulo atesta que Timóteo recebeu este sacramento: “Não descuides o dom da graça que está em ti e que te foi conferido mediante profecia, pela imposição das mãos do presbitério” (1Tm 2,12-15). O próprio Paulo participou da ordenação de Timóteo: “Portanto, eu te exorto a reavivar o dom de Deus que há em ti pela imposição de minhas mãos” (2Tm 1,6).
O sacerdócio do Povo de Deus é a participação na graça do único e eterno Sacerdote da Nova Aliança, Jesus Cristo, nosso Senhor (ver Tm 2,5; Hb 5,10; 6,20; 7,15; 10,14). Os Bispos, Padres e Diáconos que recebem o sacramento da ordem são ordenados para servir aos batizados, fazendo sacramentalmente presente a realidade de Cristo, Cabeça da Igreja, que é o Seu Corpo (Ef 5,23). “Sacramentalmente” significa “em sinal, mas com toda a realidade” anunciada e garantida pela palavra de Deus Vivo, segundo o inaugurado por palavra e gesto de Nosso Senhor Jesus Cristo, guardado e transmitido no seio do Povo de Deus, a Igreja.
Pe. Paiva, SJ
Fonte: Revista Mensageiro do Coração de Jesus