A igreja sempre se preocupou com a formação de seus membros, independentemente da opção vocacional ou ministério por eles assumidos. Todavia, nas últimas décadas, percebe-se uma atenção especial com a formação dos vocacionados ao Ministério ordenado e à Vida Consagrada. Um cuidado ainda maior recebem aqueles sacerdotes, consagrados, consagradas que se dedicam à animação vocacional e à formação dos futuros pastores do Povo de Deus. Ministros ordenados, consagrados e consagradas são os/as responsáveis diretos pela condução do rebanho do Senhor e, condutores da Igreja pelos desafiadores caminhos da história.
No caminhar da história a Igreja institucionalizou a formação de seus pastores e também das pessoas chamadas à Vida Consagrada. Hoje todos compreendem a animação vocacional e a formação como um “tempo e espaço” para a ação cuidadosa da comunidade chamadora e educativa, aberta ao Espírito. As casas de formação são compreendidas como o ambiente no qual os jovens vocacionados e vocacionadas se preparam para discernir e responder adequadamente ao chamado do Senhor. Nelas, existe um itinerário vocacional e formativo onde converge a graça de Deus e a dedicação humana dos formandos(as) e formadores(as), ajudando as pessoas chamadas a discernir e a responder com liberdade e generosidade ao chamado gratuito de Deus.
Neste ambiente vocacional e formativo, devemos apresentar aos jovens vocacionados/as o projeto da Cultura Vocacional. Não podemos deixar para Depois nem adiar o ensinamento dos elementos fundamentais da Cultura Vocacional e suas bases bíblicas, teológicas e pastorais.
A Cultura Vocacional é uma das primeiras lições a aprender. Que os vocacionados e vocacionadas aprendam desde o “berço” a amar todas as vocações, especialmente aquela à qual ele/ela se sente chamado/a, a apaixonar-se e conhecer a animação vocacional e cultivar um relacionamento de amizade e carinho com as casas de formação.
A experiência já nos mostrou que adiar esta realidade pode levar a Igreja e, consequentemente, sua missão evangelizadora-vocacional, a grandes prejuízos. Muitos problemas e situações serão superados se mostrarmos aos vocacionados e vocacionadas a grandeza e a importância de servir a Igreja no campo das vocações e na formação. Importa valorizar cada vocação e ministério, e avançar com amor lúcido, construindo dia a dia a Cultura vocacional, órbita de eclesiologia ministerial. Os documentos nos recordam que a animação vocacional e a formação são inseparáveis e de responsabilidade de todos os batizados e batizadas.
Texto com Adaptações.
Pe. Gilson Luiz Maia, RCJ – Religioso Rogacionista
Fonte: Revista Rogate 12/2014