A Virgem Maria no Advento

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Com as celebrações do tempo do Advento, a Igreja faz memória dos eventos da primeira vinda do Senhor, a fim de se preparar dignamente para o seu retorno “em poder e glória”. Dentre os principais mistérios que antecederam o nascimento do Filho de Deus, encontramos a vocação de Maria. Na verdade, ela, grávida, é uma imagem da comunidade eclesial que espera com amor a manifestação gloriosa de Jesus. Esta analogia entre a Virgem e a Igreja foi ressaltada pelo beato Papa Paulo VI: “Desta maneira, os fiéis que procuram viver com a Liturgia o espírito do Advento, ao considerarem o amor inefável com que a Virgem Mãe esperou o Filho, serão levados a toma-la como modelo e a prepararem-se, também eles para irem ao encontro do Salvador que vem bem vigilantes na oração e celebrando os seus divinos louvores”. Nas quatro semanas do Tempo do Advento, a assembleia litúrgica lembra a participação da Virgem Maria nos mistérios da Encarnação do Verbo e do Nascimento de Jesus (Marialis Cultus 3 e 4).

No dia 8 de dezembro, a Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, dentro do contexto do Tempo do Advento, nos faz contemplar a ação divina que preservou Maria da mancha do pecado original e enriqueceu-a com a sua graça, a fim de que estivesse preparada para ser a mãe do Salvador. Como ela foi preparada para ser mãe do Senhor, a Igreja é continuamente santificada para se apresentar “sem mancha e sem ruga, esposa de Cristo, resplandecente de beleza” a Deus Pai. Desta forma, existe uma relação entre a preparação de Maria para acolher a primeira vinda do Senhor e da Igreja para recebê-Lo no dia da sua Parusia.
Durante os dias feriais que antecedem a celebração do Natal – do dia 17 ao 24 -, a Liturgia da Palavra da eucaristia apresenta as narrativas dos acontecimentos em torno ao nascimento de Jesus. No conjunto de todos os relatos evangélicos, a vocação de Maria, como a mãe de Jesus, se destaca no conjunto rico de personagens envolvidos diretamente com o nascimento do Senhor: José, Zacarias, Isabel e João Batista. A Igreja se espelha na atitude existencial de Maria orante, disponível e servidora para completar a sua preparação para a celebração do Natal.
No quarto domingo do Advento, a Liturgia da Palavra da Santa Missa nos anos A,B e C apresentam relatos evangélicos com referência à participação de Maria no mistério do nascimento de Jesus. Com esses episódios, a comunidade eclesial percebe toda a disposição do projeto divino que, adequadamente, preparou a primeira vinda do Salvador feito homem. A particular presença de Maria na aurora da entrada da salvação no mundo recebe não só admiração por parte dos fiéis, mas se torna estímulo para se deixar guiar pela sabedora divina.
De fato, MARIA “É o tipo e a figura da Igreja, na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo” (“Lumen Gentium” 63). A espiritualidade do Tempo do Advento é marcada pelo vulto da Virgem – mulher amada, escolhida e preparada para a missão. O seu grade fiat – “Sim! Faça-se!” –possibilitou a Encarnação e no Nascimento do Verbo divino. Tal resposta da Virgem ao projeto amoroso e salvífico de Deus se tornou um paradigma para a caminhada da Igreja. A celebração do Advento pretende retirar do coração dos fiéis um “Sim! Faça-se!” semelhante ao de Maria. A fé da comunidade eclesial deve ser vivida no compromisso com o plano de Deus para os homens e o cosmos, aguardando o dia feliz da vinda definitiva de Jesus Cristo.

Textos com adaptações.
Fonte: Jornal testemunho de fé- Dezembro de 2015

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As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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