

Padre Serra como orientador acreditava que Antonia, por ser mulher, poderia entender melhor os assuntos e a vida das mulheres, e percebendo sua inquietação vocacional, ele a convida para ajudar nesta missão.
Porém ela não aceita, pois a mudança seria radical, ainda mais para ela que trabalhou e viveu na corte espanhola sendo preceptora das filhas da Rainha Isabel por doze anos; lidar com prostitutas era repugnante.
Mas Padre Serra não desanimou, continuou insistindo e pediu a Antônia que rezasse e a aconselhou ver com outros olhos a realidade. Antonia fez visitas ao hospital São João de Deus, e depois de várias visitas, ela percebeu que a situação na qual àquelas mulheres estavam a tocava cada vez mais ao ver tanta dor!
Antonia foi rezar aos pés da Virgem do Bom Conselho para descobrir a vontade de Deus em sua vida, e sentiu um apelo: “A filha que não ouve o conselho da mãe não é boa filha”. Ela se assustou e acolheu o apelo como vontade de Deus.

A pós a resposta dada por Nsa Sra do Bom Conselho, Antonia tomou sua decisão com a certeza de que poderia com a força de Deus realizar este grande projeto. Pe. Serra e Antonia acolheram as primeiras mulheres numa casa simples, porém aconchegante. Ela muda de nome e se torna a mulher da Misericórdia.
Padre Serra e Irmã Antonia Maria da Misericórdia se tornam os fundadores desta Congregação, Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor.
Texto: Paula Araújo.
Fonte: B. H. Irmãs Oblatas do Ssmo Redentor.
– Origens da Congregação
Livro a Venerável Madre Antonia – A Pedagogia do Amor