Notícia alegre, boa nova: nasceu um menino, Deus conosco. Sua presença, como fonte cristalina, espalhou-se sonora, acordando corações despertando naturezas. O meio da noite, do céu da existência, das sombras da vida, brilhou feito estrela de luz de eterna. Veio, de fato, como boa nova, unir céu e terra na alma de gente. Dos altos céus, desceu o divino; da terra baixa, elevou em dignidade a frágil espécie humana. Em quais condições? Nem mesmo preciso foi, um berço importante. Bastaram feixes, palhas de Maria e de José, porque de graça ele desceu. Sem querer coisas; preferiu corações. E chegou para todos, sem reservas ou grandezas; pequenino e acessível. Nasceu em chão despido, de coração humilde, Deus de amor.

Menino de Deus, do amor sem limites, bendito seja Seu nome escrito na pobre história, com letras da gente. Como é bom saber e seguir trilhas abertas pelos seus passos. Seja outra vez, Senhor, eis uma súplica, o desajuste das onipotências, de quem se fechou no próprio egoísmo. Seu choro, agora em lágrimas de tantos, provoque de novo um sim solidário. Bom amigo, que a indiferença da pressa desumana do lucro capital dê lugar ao encontro de mãos. Não seja a infância indefesa, banida, sem pão ou guarida. Pequeno Jesus, de todos os presentes, importa mais a felicidade de simples tamanho.
E que a distância grande entre pobres e ricos, em cada Natal, seja diminuída pela luz acendida no coração de quem crê.
Pe. Vicente Ferreira, C. Ss.R.