Sentir o chamado e responder positivamente, em algumas ocasiões nem sempre é fácil. Menos ainda num mundo como o atual, em que estamos acostumados a viver com pressa e um processo de reflexão e discernimento adequados pode ser complicado.
Mas há aqueles e aquelas que dizem “Sim” a sua vocação. Gente jovem e preparada que dedica toda sua vida a oferecer quem são e o que tem para Deus e aos demais. Esta é a história de Carina, uma jovem espanhola que iniciou sua caminhada vocacional através da experiência de voluntariado.
Carina Ramos é OSR da Província Europa. Natural de Santa Cruz de Tenerife, onde conheceu a missão oblata. “Meu primeiro contato com as Oblatas foi através do projeto “La Casita”, onde comecei a fazer voluntariado e me integrei ao grupo do laicado, onde conheci um pouco mais a congregação”, explica Carina. “Era um momento em que me questionava muito pessoalmente e, embora, já tivesse feito voluntariados, sempre com o tema da mulher, mas havia algo diferente na maneira de abordar elas, de proximidade e respeito a seus processos que me fizeram querer saber mais da forma de viver das Oblatas”, aponta.
Carina define sua vocação como um processo em que pouco a pouco, e através de pessoas e vivencias foi se dando conta do convite a viver o caminho de seguimento a Jesus desde esta opção de vida. “Nas oblatas encontrei a maneira de dar resposta e integrar os dois aspectos essenciais para mim: o mundo da mulher e o processo de fé, que até então haviam sido separados”, explica Carina. Também, aponta que o acompanhamento de uma Irmã foi essencial para que ela pudesse ir nomeando aquilo que se vivenciava e seguir caminhando até “aquele sonho que Deus tinha para mim”.
Para a família e amigos de Carina sua opção de vida foi uma grande surpresa. “Não esperavam”, comenta. “Se bem que foi uma decisão que não agradou a todo o mundo, tenho que destacar que para mim foi um presente que, apesar de não estarem totalmente de acordo, respeitassem minha opção”. Desde esta perspectiva, Carina opina que a maior dificuldade que alguém pode encontrar na hora de dar resposta ao chamado, é o desconhecimento. “A Vida Religiosa pode parecer longe das pessoas e às vezes, o que aparece sobre ela são os estereótipos. Creio que isto dificulta a aproximação e o conhecimento de quem faz parte dela, assim como aqueles que querem dar uma possível resposta desde esta opção de vida” explica.
“Desde que comecei o discernimento até agora me dou conta de que todo o vivi tem sido um crescimento: na fé, crescimento pessoal, com as mulheres, nas relações…”, indica Carina. “Isto tem me ajudado a aproximar-me mais ao Deus de Jesus, a querer levar uma vida desde os valores do Evangelho e a seguir construindo um mundo um pouco mais justo e humanitário, especialmente junto das mulheres com as que a cada dia nos encontramos”, explica.
Para Carina, este processo tem a ajudado a aproximar-se mais ao Deus de Jesus e a querer levar una vida de acordo com os valores Evangélicos, e seguir construindo um mundo mais justo e humanitário, especialmente junto das mulheres com as que cada dia se encontra. “A vocação é um presente e busco vivê-lo como tal, com alegria, renovando esse Sim a cada dia. É certo que existem dificuldades, mas também existem pequena certeza que fazem com que eu sinta que este é o meu lugar, que Deus me segue chamando a ser oblata”.
A mensagem de Carina para aquelas e aqueles que já escutaram, mas ainda não responderam: “Se aproxime, conheça, vá dando pequenos passos para ir descobrindo que essa é a sua vocação. porém, sobre tudo, procure alguém que te ajude neste discernimento, para colocar nome naquilo que sentes. E, sobre tudo, confia no Deus que te chama. E o caminho se constrói pouco a pouco”.
Fonte: Hermanas Oblatas
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