Vida e Missão de Madre Antonia – Regra de Vida

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Movida pelo desejo de pôr em prática os ensinamentos, advertências e exemplos que recebi até hoje… Proponho-me, antes de dar inicio a um novo estilo de vida, não apartar-me, nunca do caminho da virtude, da religião e da moral, bem como recorrer a Jesus e a Maria em todas as situações, por mais difíceis que sejam com objetivo de obter de seus sagrados corações os consolos e forças para de que necessito.

Para isso, tomo a firme resolução de seguir fielmente a Regra de Vida que traço para mim mesma, a fim de não viver senão para Deus, mesmo em meio ao mundo, e inspirar na menina que me será confiada esses mesmos sentimentos. Com a graça de Deus prometo:

      1º Ao despertar todas as manhãs, oferecer a Jesus e à sua bendita Mãe meus  pensamentos
         palavras e obras e pedir-lhes a graça de cumprir adequadamente os meus deveres durante
         o dia.     

      2º Uma vez desperta, ajoelhar-me diante do crucifixo e, depois da oração da manhã, fazer um
           período de meditação seguido de um pequeno exame de previsão.
      3º Assistir todos os dias a santa missa, exceto na ocorrência de um obstáculo real.
      4º Fazer, todos os dias, uma leitura piedosa e, caso isso não possa ter lugar durante o dia,
          fazê-lo antes de deitar-me.
      5º Terminar o dia rezando, com devoção, as orações da noite, e examinando minha
          consciência de modo especial no que tange os deveres de minha condição.
     6º Se o confessor mo permitir, confessar-me e comungar todos os domingos – e, se for
          possível, também nos dias santos. Durante as viagens e em países protestantes,
          nunca deixar passar um mês sem receber os sacramentos e sem fortalecer minha
          alma com a divina Eucaristia.
     7º  Desejo passar o último domingo de cada mês, dedicado Associação da Boa Morte,
          a que pertenço em maior recolhimento, dedicando mais tempo aos exercícios de piedade 
          e examinando meu comportamento durante o mês em questão para conhecer melhor o 
          estado de minha de minha alma. Se eu notar algum progresso espiritual, darei graças
          a Deus. Se, pelo contrário, vir que descuidei o cumprimento dos meus deveres, pedirei
          perdão ao Senhor e tomarei a resolução de vigiar-me mais, suplicando a Deus que
          me ajude com a sua divina graça. 
     8º  Uma vez por ano, durante o Advento ou por ocasião do Natal, fazer dois ou três dias de
           retiro espiritual para entrar em mim mesma e examinar a fundo minha alma, de modo
           que me seja possível prestar contas a meu diretor, se este o julgar conveniente.
           Passarei os mencionados dias em recolhimento, procurando evitar  tudo o que possa
           distrair-me.
     9º Tomo, além disso, a firme resolução de não perder nunca a oportunidade de infundir
          sentimentos religiosos e morais no coração de minha jovem aluna e de nela inculcar
          princípios sólidos, base de toda educação cristã.
Concedei-me, meu Deus, a graça de seguir fielmente as resoluções que acabo de tomar. Abençoai- as e fazei que doravante eu só viva para Vós, Convosco e em vós. Concedei-me o amor de meus deveres; que eu não em afaste de forma alguma de seu cumprimento e que os sentimentos que as senhoras de Martange imprimiam em meu coração nunca se apaguem.
Fonte: Para uma Juventude Livre. Padre Serra e Madre Antonia, 1985.

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Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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