O Segundo domingo de agosto, é dedicado aos pais, vivos ou falecidos e, por conseguinte, à família, cuja semana é celebrada em seguida.
Para nós que professamos a fé católica, falar de pai é lembrar automaticamente de Deus, o Pai por excelência, e de São José, o homem escolhido pelo mesmo Senhor para ser, na terra, o pai adotivo de seu Filho, Jesus Cristo, quando este “na plenitude dos tempos” (Gl 4,4) sem deixar de ser Deus, assumiu, no seio da Virgem Maria, por obra do Espirito Santo, a nossa humanidade, a fim de resgata-la do pecado e elevá-la, novamente, à filiação divina.
Diz o Santo Padre, o Papa Francisco: “Hoje ponderaremos acerca de uma característica essencial da família, ou seja, a sua vocação natural para educar os filhos, a fim de que cresçam na responsabilidade por si mesmos e pelo próximo. O que lemos do apóstolo Paulo é muito bonito: ‘Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, porque isto agrada ao Senhor. Pais, não irriteis os vossos filhos, para que eles não desanimem’ (Cl 3, 20-21). Trata-se de uma regra sábia: o filho que é educado a ouvir e a obedecer aos pais, os quais não devem mandar de uma maneira inoportuna para não desencorajar os filhos. Com efeito, os filhos devem crescer passo a passo, sem desanimar. Se vós, pais, dizeis aos vossos filhos. Com Efeito, os filhos: ‘Subamos por escada’ e pegais na sua mão, ajudando-os a subir passo a passo, as coisas correrão bem. Mas se vós dizeis: ‘Sobe!’ – ‘Mas mão consigo’ – ‘Vai!’, isto chama-se exasperar os filhos, pedindo-lhes aquilo que eles não são capazes de fazer. Por isso, a relação entre pais e filhos deve ser sábia, profundamente equilibrada. Filhos, obedecei aos vossos pais, pois isso agrada a Deus. E vós, pais, não exaspereis os vossos filhos, pedindo-lhes coisas que eles não conseguem fazer. É preciso agir assim, para que os filhos cresçam na responsabilidade por si mesmos e pelo próximo”.
Texto com Adaptações
Cardeal Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro
Fonte: Jornal Testemunho de Fé, agosto de 2015.