No dia 8 de dezembro passado, o Papa Francisco abriu o “Jubileu extraordinário da Misericórdia”. Trata-se de um ano Santo, para que os cristãos celebrem, com intensidade, a bondade e a compaixão de Deus. Na bula na qual ele nos convoca a participar do Ano da Misericórdia, Francisco dedica alguns parágrafos à Mãe de Jesus. Vamos ler com carinho:
“O pensamento volta-se agora para a Mãe da Misericórdia. A doçura do seu olhar nos acompanhe neste Ano Santo, para podermos todos nós redescobrir a alegria da ternura de Deus. Ninguém , como Maria, conheceu a profundidade do mistério de Deus feito homem. Na sua vida, tudo foi plasmado pela presença da misericórdia feita carne. A Mãe do Crucificado Ressuscitado entrou no santuário da misericórdia divina, porque participou intimamente no mistério do seu amor.
Escolhida para ser a Mãe do Filho de Deus, Maria foi prepara desde sempre, pelo amor do Pai, para ser Arca da Aliança entre Deus e os homens. Guardou, no seu coração, a misericórdia divina em perfeita sintonia com seu Filho Jesus. O seu cântico de louvor, no limiar da cada de Isabel, foi dedicado à misericórdia que se estende “de geração em geração” (Lc 1,50). Também nós estávamos presentes naquelas palavras proféticas da Virgem Maria. Isto nos servirá de conforto e apoio no momento de atravessarmos a Porta Santa para experimentar os frutos da misericórdia divina.
Ao pé da cruz, Maria, juntamente com João, o discípulo do amor, é testemunha das palavras de perdão que saem dos lábios de Jesus. O perdão supremo oferecido a quem O crucificou mostra-nos até onde pode chegar a misericórdia do Filho de Deus não conhece limites e alcança a todos, sem excluir ninguém .
Dirijamos-Lhe a oração, antiga e sempre nova, da Salve Rainha, pedindo-Lhe que nunca se canse de volver para nós os seus olhos misericordiosos e nos faça dignos de contemplar o rosto da misericórdia, seu Filho Jesus (MV 24).”
Irmão Afonso Murad, Marista
Fonte: Revista de Aparecida, janeiro 2016