A alegria pascal de Maria

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Eu tenho me perguntado muitas vezes porque os textos bíblicos nos falam tanto da experiencia pascal de outros e guardam silêncio a esse respeito, sobre Maria, a mãe de Deus. A resposta talvez seja a seguinte: os relatos do evangelhos sublinham dois pontos de vista: 1º- A fé firme de que Jesus ressuscitou verdadeiramente e se manifestou de modo autêntico; 2º- Os discípulos só chegaram lentamente à plenitude da fé. Nós temos boas razões para supor que Maria, que viveu até o fim  o êxodo de seu Filho, a humilde serva do Senhor, iniciada tão profundamente por Jesus e pela atuação do Espírito Santo no ministério da salvação, não teve as mesmas dificuldades que Pedro, Maria Madalena, os discípulos de Emaús e os outros. Ela, a nossa mãe espiritual, é o modelo da fé inabalável da Igreja inteira. Ligada à paixão e morte de Jesus, o foi também inseparavelmente à sua ressurreição. E João, o discípulo amado confiado a ela, foi o primeiro que, diante do túmulo vazio, chegou á fé plena na ressurreição. Quanto mais ficamos com Maria junto da cruz e quanto mais vivenciamos a paixão e morte de Jesus, tanto mais estaremos unidos a ela na alegria pascal e caminharemos fielmente para maior abundância da fé.
Os relatos pascais destacam o papel das piedosas mulheres. Já ao pé da cruz, as mulheres estão melhor reapresentadas que os homens. Maria, a rainha dos apóstolos, é a “Mulher”. Ela era a que estava mais perto da cruz de Jesus, e canta com todo o seu coração, como serva de Deus, o canto das alegrias pascais. Ao lado dela estão as outras mulheres que acompanharam Jesus no caminho da cruz e foram de consolo para ele. Elas são, no seu amor e na sua fé madura, um apoio para os apóstolos. Embora as mulheres que acompanharam Jesus no caminho  da cruz e foram de consolo para ele. Elas são no seu amor e na sua fé madura, um apoio para os apóstolos. Embora as mulheres não sejam admitidas ao sacerdócio ministerial, não esquecemos que no coração da Igreja está Maria, a grande mulher e mãe, e com ela todas as mulheres que, pela sua vida, testemunham a fé na mensagem pascal.
Pe. Bernhard Häring, C.Ss.R.
Fonte: Akikolá

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As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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