Símbolos do Advento: Coroa ou Guirlanda

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Desde a sua origem a Coroa de Advento possui um sentido especificamente religioso e cristão: anunciar a chegada do Natal, sobretudo às crianças, preparar-se para a celebração do Santo Natal, suscitar a oração em comum, mostrar que Jesus Cristo é a verdadeira luz, o Deus da Vida que nasce para a vida do mundo. O lugar mais natural para o seu uso é a família. 
Entre os símbolos do Advento, está a coroa ou grinalda. Uma guirlanda pendurada na porta de casa indica a presença do Menino Jesus naquele lar. Em muitos países se faz durante o advento com ramos de pinheiro, ou de galhos verdes entrelaçados, formando um círculo; nele são colocadas quatro velas representando as quatro semanas do Advento. A cada domingo acende-se uma delas. As velas representam as várias etapas da salvação. Começa no 1º Domingo, acendendo apenas uma vela e à medida que vão passando os domingos, vamos acendendo as outras velas, até chegar o 4º Domingo, quando todas devem estar acesas. As velas acesas simbolizam nossa fé, nossa alegria. Elas são acesas em honra de Deus que vem a nós. Deus, a grande Luz, “a Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo”, está para chegar, então, nós O esperamos com luzes, porque O amamos e também queremos ser, como Ele, Luz.
A Coroa de Advento tem a sua origem em uma tradição pagã européia. No inverno, acendiam-se velas que representavam o “fogo do deus sol”, na esperança de que a sua luz e o seu calor voltassem. Os primeiros missionários aproveitaram esta tradição para evangelizar as pessoas. Partiam de seus costumes para anunciar-lhes a fé. Pelo fato de se tratar de uma linguagem simbólica, a Coroa de Advento e seus elementos podem ser interpretados de diversas formas. Ela também possui um forte apelo de compromisso social, de promoção das pessoas pobres e marginalizadas. Trata-se de acolher e cuidar da vida onde quer que ela esteja ameaçada. Podemos dizer que a Coroa de Advento constitui um hino à natureza que se renova, à luz que vence as trevas, um hino a Cristo, a verdadeira luz, que vem para vencer as trevas do mal e da morte. É, sobretudo, um hino à vida que brota da verdadeira Vida.
A coroa apresenta símbolos: 
Forma circular – O círculo é símbolo do amor de Deus que é eterno, sem princípio, sem fim; também do nosso amor a Deus e ao próximo que nunca deve terminar. Além disso, o círculo dá uma ideia de união entre Deus e as pessoas, como uma grande “Aliança”. 
Ramas verdes – Os ramos verdes que enfeitam o círculo costumam ser de abeto ou de pinus, de ciprestes. É símbolo nórdico. Não perdem as folhas no inverno. É, pois, sinal de persistência, de imortalidade, de vitória sobre a morte, o Verde é a cor da esperança e da vida. Deus quer que esperemos a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna.
Para nós no Brasil este elemento é um tanto artificial e, por isso, problemático, menos significativo, visto que celebramos o Natal no início do verão e com isso não vivenciamos esta mudança da renovação da natureza. Por isso, a tendência de se substituir o verde por outros elementos ornamentais do círculo: frutos da terra, sementes, flores, raízes, nozes, espigas de trigo.
Quatro velas – Simbolizam as quatro semanas do Advento. No início, a coroa sem luz recorda-nos a experiência de escuridão do pecado. Na medida em que se aproxima o Natal, vamos acendendo uma a uma as quatro velas, representando assim a chegada, entre nós, do Senhor Jesus, luz do mundo, que dissipa a escuridão. O ato de acender gradativamente as velas significa a progressiva aproximação do Nascimento de Jesus, a progressiva vitória da luz sobre as trevas. Originariamente, a velas eram três de cor roxa e uma de cor rosa, as cores dos domingos do Advento.
Existem diferentes tradições sobre os significados das velas. Uma bastante difundida:
• a primeira vela é do profeta;
• a segunda vela é de Belém;
• a terceira vela é dos pastores;
• a quarta vela é dos anjos.
Outra tradição: Vê-se nas quatro velas as grandes fases da História da Salvação até a chegada de Cristo:
  • A primeira é a vela do perdão concedido a Adão e Eva, que de mortais se tornarão seres viventes em Deus;
  • A segunda é a vela da fé dos patriarcas que creem na promessa da Terra Prometida;
  • A terceira é a vela da alegria de Davi pela sua descendência;
  • A quarta é a vela do ensinamento dos profetas que anunciam a justiça e a paz.

Nesta perspectiva podemos ver nas quatro velas as vindas ou visitas de Deus na história, preparando sua visita ou vinda definitiva no seu Filho Encarnado, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo:
  • O tempo da criação: de Adão e Eva até Noé;
  • O tempo dos patriarcas;
  • O tempo dos reis;
  • O tempo dos profetas.

Quanto à cor das velas, podemos usar: 
     A) Três roxas e uma rosa: A cor roxa é um convite a purificar os nossos corações, para acolher o            Cristo que vem. A cor rosa, no terceiro domingo, é um chamado à alegria, pois o Senhor está               próximo. Detalhes dourados prefiguram a glória do Reino que virá. 
     B) Quatro velas nas cores litúrgicas: Roxa – cor penitencial que lembra o perdão concedido a Adão           e Eva. Vermelha – expressa a fé de Abraão e demais Patriarcas. Branca – simboliza a alegria do           rei Davi que recebeu de Deus a promessa de uma aliança. Verde – recorda os Profetas que                   anunciaram a chegada do Salvador.
    C) Na falta de velas coloridas, podemos usar velas brancas ou amarelas, decorando-as com as cores         das opções anteriores.   
Que a nossa preparação para o Natal de Jesus seja alegre e cristã!

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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