Nesta narrativa bíblica descobrimos o ícone da nossa vocação, como experiência de encontro com Jesus e empenho do anúncio do Evangelho. No lugar do encontro – totalmente carente de sinais sagrados – o dialogo abre o coração à verdade; revela e cura. Em Jesus, Deus se mostra frágil e sedento. A sede de Deus se encontra com a sede da mulher, com a nossa sede. Quem pede de beber está pronto para oferece uma água nova e eterna que regenera e transforam a vida.
A sede de Jesus e a sede da mulher são o fio condutor de um diálogo libertador que cura feridas interiores, incuráveis até aquele momento tornadas ainda mais dolorosas pelos preconceitos raciais e religiosos. O amor “indigente” de Deus em Jesus pede de beber a nós – humanidade inquieta – e oferece-nos gratuitamente a água da vida.
Vemos-nos refletidas na mulher. Muitas vezes, realmente, também nós somos feridas nos nossos relacionamentos recíprocos, sedentos de verdade e de autenticidade. Descobrimos que somos incapazes de compreender os nossos afetos, atrás dos quais se esconde o nosso coração perdido.
O vazio da vida dessa mulher é bem simbolizada pelo cântaro. Jesus se revela à medida que desvela as inquietudes da mulher. Ela se transforma do vazio para a plenitude que a entusiasma. O encontro com Jesus a transforma em mensageira: corre à cidade e chama os seus concidadãos anunciando-lhes um “MESSIAS” que conhece sem condenar e que orienta a sede para aquela água que jorra para a vida eterna. O cântaro, simbolo da sede humana e de afetos que nunca a tinham saciado, torna-se agora inútil. Deixa-o. A mulher desperta na cidade a fé em Jesus e leva a Ele o seu povo.
Vamos Rezar e refletir:
Meditando este texto, podemos iluminar a nossa vida com a palavra.
- O que mais chamou sua atenção?
- Imagine-se no lugar da Samaritana, que dialogo você teria com Jesus?
- Qual é a sua sede, nesse momento de sua vida?