A Bahia em mim – por Evelyn Caroline

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Em cada canto um encanto

Em cada chão experiências
É a dinâmica da vida
Que escreverei nesse poema.

Na vida há novidades
Que surpreende nosso ser
Quando ao ver a realidade
Percebo nem tudo saber.

A partilha e a escuta
Faz abrir o coração,
Ferramentas necessárias
De uma oblata em missão.

Na mulher baiana pude perceber
O olhar de quem luta,
O cansaço da labuta,
O desejo de crescer.

Ao som de tambores da ladeira do Pelô
Meninas, mulheres que na alma sentem dor
Um contraste de beleza, de feridas, de temor
Isso também vi nas ruas da cidade de Salvador.


Realidades diferentes fazem a alma crescer
A vida dessa gente me faz amadurecer.
Um povo que acolhe que sorri que contagia
Comecei a perceber os encantos da Bahia.

A presença oblata na força feminina
É sinal forte da madre Antonia
Faz relembrar as lições que o padre Serra ensina.
De resgatar aquelas que o mundo descrimina.
 
Viver na comunidade foi trocar experiências
Perceber que ser oblata é mais do que se pensa
Escutar quem já tem mais tempo
Fez toda diferença.

Memória agradecida aos dias neste chão.
A missão valeu à pena, lembranças no coração.
Obrigado meu Senhor, pois me enviastes como canal do seu amor.

Evelyn Caroline –Salvador 2012-07-27

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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