Corpus Christi: dom, partilha e compromisso

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O dia de Corpus Christi, não é somente um feriado, é uma Celebração especial e tradicional em que solenemente a Igreja comemora a instituição do Santíssimo Sacramento; a presença real de Cristo na Eucaristia, do Jesus ressuscitado que cumpriu o perfeito plano da salvação dos homens. Na Festa de Corpus Christi os fiéis agradecem e louvam a Deus pelo inestimável dom da Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como alimento e remédio de nossa alma. A Eucaristia é fonte e centro de toda a vida cristã. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, o próprio Cristo. 
Dentro da nossa espiritualidade Redentorista, Pe. José Maurício de Araújo, C.Ss.R., nos explica a importância da nossa nossa participação neste momento solene na nossa Igreja. 
A festa de Corpus Christi surgiu como gratidão a Deus pelo benefício da Eucaristia; hoje, culmina na visibilidade do Cristo Eucarístico ao mundo. Não seria esta festa uma oportunidade ímpar de nos comprometermos ainda mais com o Cristo Eucarístico, numa vida de amor doada imensuravelmente às pessoas e ao mundo, até a morte?
Evoquemos Corpus Christi a partir: 1) do maná do deserto (Dt 8, 1ss.), 2) do cálice da bênção e pão repartido (1Cor 10, 16ss.) e 3) do “sinal do pão” (Jo 6, 1ss.). 
1) O maná do deserto não é só recordação do alimento material. É também um sinal de que tudo que somos e temos é dom de Deus. Se o Senhor alimentou seu povo para que se lembrasse de suas promessas e obedecesse aos seus mandamentos, podemos dizer que Corpus Christi é um convite para que, em tudo, sejamos obedientes ao Senhor e fiéis aos seus mandamentos. Amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a nós mesmos, fazem-nos pensar: como temos exercido cotidianamente os dons que Deus nos deu? 
2) O cálice da bênção e pão repartido. O apóstolo Paulo no-los recorda como sinais de nossa participação e comunhão com o Corpo e o Sangue de Cristo. Este Mistério tem nos feito reviver a doação de Cristo a nós sem reserva e realizá-la em nosso dia-a-dia? Os atos de solidariedade e fraternidade devem fortalecer em nós a pertença ao Corpo de Cristo. É uma maneira concreta de participarmos de sua vida, sem acepção de pessoas. Os tradicionais tapetes de Corpus Christi visibilizam a união e intimidade entre nós (cristãos/ãs) e efetivação do nosso compromisso vital (individual e comunitário) com o Cristo Eucarístico.
3) O “sinal do pão” situa-se no contexto da multiplicação dos pães. Para nós, o Pão é Jesus mesmo: Dom descido do céu, sua carne e seu sangue doados para a salvação do mundo. Participando deles, teremos a vida eterna e seremos ressuscitados no último dia. Esse Pão nos faz viver para sempre e conformar nossa vida com a de Cristo.
Que a festa de Corpus Christi faça crescer em nós a mútua doação de amor a serviço da vida, dos nossos irmãos/ãs, da Igreja e da humanidade inteira. Como participantes do mistério do Cristo Eucarístico, amemos cada vez mais como Jesus amou, vivamos cada vez mais como Ele viveu“.
Pe. José Maurício de Araújo, C.Ss.R.
Texto com adaptações.
http://www.provinciadorio.org.br

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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