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José de Anchieta nasceu em 19 de março de 1534 na Espanha. Ingressou na Companhia de Jesus, fundada por seu primo Santo Inácio de Loyola em 1 de Maio de 1551 como noviço.
No ano de 1553, o padre Manuel da Nóbrega, Provincial dos Jesuítas no Brasil, precisava de reforço para a evangelização no País, e o Provincial da Ordem, Simão Rodrigues, indicou José de Anchieta, entre outros Jesuítas, e aos 19 anos, Anchieta iniciou sua vida missionária no Brasil. Ao longo dos anos, percorreu o litoral de Cananeia, no sul de São Paulo, até o Recife, no Pernambuco, para acompanhar as várias missões que os jesuítas tinham no Brasil.
O jovem jesuíta durante sua trajetória, deu atenção especial aos pobres e doentes, aos grupos indígenas ameaçados pelos colonizadores e pelos primeiros brasileiros, e aos negros escravizados. Foi criador do Colégio de Piratininga, inaugurado em 25 de janeiro de 1554 e que deu origem à cidade de São Paulo. Fundou e construiu povoados, colégios e igrejas. Também lutou contra invasores franceses no Espírito Santo e fundou e dirigiu o Colégio dos Jesuítas em Vitória.
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José de Anchieta morreu na aldeia de Reritiba, atual município que leva seu nome, em 9 de junho de 1597 e seu corpo foi transportado pelos índios até a Catedral de Vitória, onde foi sepultado. Enquanto era transportado, o corpo caiu no chão e os índios bradaram “Aba ubu”, que significa “O padre caiu”. O local da queda é o atual balneário de Ubu, pertencente ao município de Anchieta. Em 1611 os seus restos mortais foram transladados. Uma parte foi levada para o Colégio São Thiago, que dirigiu em Vitória, hoje Palácio Anchieta, sede do Governo do Espírito Santo, e outra enviada para Roma.
O Padre Anchieta foi beatificado pelo papa João Paulo II, em Roma, em 22 de junho de 1980. O processo durou 417 anos e foi um dos mais longos da História. No dia 3 de abril de 2014, papa Francisco o proclama por meio de um decreto como santo.
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Em agradecimento ao Sumo Pontífice, o Bispo de Tenerife (Espanha), cidade natal do santo jesuíta, Dom Bernardo Álvarez, recordou que a canonização não é baseada em um milagre recente do beato, e que o decreto assinado pelo Santo Padre “reconhece as virtudes heroicas e a trajetória apostólica, missionária e humanizadora do Padre José de Anchieta”.
Popularizado como o Apóstolo do Brasil, Anchieta foi um missionário incomparável, fundador de cidades, gramático, poeta, historiador e teatrólogo. O apostolado não o impediu de cultivar as letras, pelo contrário, o incentivou a compor belíssimos textos, o que fez em quatro línguas: português, castelhano, latim e tupi, em prosa e verso.
O Arcebispo de Vitória, Dom Luiz Mancilha, afirma que o São José de Anchieta teve grande influência na formação religiosa do Estado e do Brasil: “Ele foi um grande catequista, um grande missionário, grande professor, grande místico, um homem de Deus!”.
Texto com adaptações.
Fontes: