Reflexão do Evangelho – Mc 4,35-41

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 Vamos para outra margem

No trecho anterior ao que foi proclamado hoje, Jesus permanecia no barco, ensinando às multidões por meio de parábolas. Mas no final do dia ele convocou seus discípulos para se dirigirem à outra margem do mar da Galileia.
Do outro lado  do mar estavam as cidades de cultura helenista, a maioria das cidades da Decápole. Jesus diz aos seus discípulos que assumam o risco de sair de seu habitat original e o levem a lugares diferentes, a pessoas de outra cultura através das águas bravias e dos perigos costumeiros de uma viagem. Sair de si é sempre arriscado, e é comum sentir medo do desconhecido.
A tempestade simboliza as dificuldades de uma jornada que leva para a outra margem. As multidões ficaram para trás, pessoas que poderiam dar apoio permaneceram do outro lado, agora é a vez de contatar diferentes culturas, religiões, tradições e costumes. Uma nova etapa , um novo começo na vida das comunidades. Trata-se simbolicamente do início da longa marcha da missão universal da Igreja que temos de estar dispostos  a continuar, até que Cristo venha.
Às vezes a barca parece afundar, sentimos pânico, mas Cristo está na popa (c.38), lugar onde fica o piloto que dirige o barco. Pode parecer que Cristo dorme enquanto corremos o risco de perecer, mas ele continua lá no controle do baco, este jamais afundará. Vamos sair de nosso comodismo, há um mundo a ser evangelizado.


Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj
(Graduada em Filosofia pela Universidade
Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade
Jesuíta de Filosia e Teologia (Faje – BH), onde
também cursou mestrado e doutorado em Teologia
Bíblica e lecionou por aluns anos.
Atualmente leciona na Faculdade Católica de Fortaleza.
É autora do livro: “Eis que faço nova todas as coisas” –
teologia apocalíptica -Paulinas)

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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