Você sabe ouvir a Palavra de Deus?

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Sabiam que o livro mais vendido no mundo é a Bíblia? Em muitos lugares e em muitos países, você chega em um quarto de hotel e encontra uma Bíblia em cima da mesa. Ao entrarmos em algumas casas, na sala de visitas, ou logo na entrada, deparamos com uma bela Bíblia, enorme e colorida. Nos cursos de catecismo, nos cursos de preparação para a crisma, nos Encontros de Jovens, nos Retiros, todos aprendem a manusear a Bíblia, principalmente o Novo Testamento. Muitas dioceses, centros de estudos teológicos, paróquias e centros pastoral oferecem periodicamente cursos bíblicos.
Por que, então, a Bíblia não modifica a sociedade nem as pessoas? Por que ela não nos transforma? A Bíblia não é a Palavra de Deus? Então, por que não é ouvida? Lida, mas não ouvida? Ouvida, mas não entendida? Entendida, mas não aceita? Ou será que a “palavra” escrita e falada, das revistas, dos jornais, dos livros, dos teatros, das músicas, da TV, dos governos, dos políticos, dos amigos e dos parentes, é muito mais verdadeira, mais importante, mais necessária, mais orientadora, mais encantadora, mais enriquecedora, mais desejável?
A resposta é muito clara. A Palavra de Deus não é para ser apenas conhecida, ou vida e lida, mas, principalmente, vivida. Ela tem de fazer parte da minha vida. Deus não é som, não é imagem. Deus é vida! Ela penetra pelos sentidos, mas atua no íntimo da pessoa, no coração, na alma! Logo, deve-se lera bíblia com o coração, porque é lá dentro que Deus nos fala.
Santo Inácio de Loyola propõe uma técnica toda especial para rezar com a Bíblia, chamada “meditação”:
* Primeiro momento: Colocar-se na presença de Deus e iniciar com um pedido de graça, 
                                      uma invocação da bênção do Espírito de Sabedoria.
* Segundo momento: Fechar os olhos e imaginar a cena sobre a qual estamos meditando, o lugar, 
                                     as pessoas, as palavras, Cristo falando, eu ali participando, vendo  minhas
                                    reações, fazendo meus pedidos ou oferecendo meu louvor, quem sabe, minha                                        admiração. Talvez, perguntando mil coisas a Jesus.
* Terceiro momento: Tirar aplicações para minha vida pessoal, vida concreta, para o momento que 
                                     estou passando, e finalizar tirando conclusões e propósitos concretos.
*Quarto momento: Terminar com uma oração, pedindo a Jesus aquelas graças que queremos 
                                  alcançar e que nos foram sugeridas pela meditação. Pode-se também concluir 
                                  com um Pai-Nosso ou uma Ave-Maria…
Quando, portanto, a Sagrada Bíblia for levada pela nave central da igreja nas missas dominicais, um arrepio de expectativa deve atravessar todo nosso ser , pois é a Palavra Escrita por inspiração para revelar a cada um de nós os segredos mais íntimos e profundos da existência, segredo que é revelado somente aos humildes de coração puro.
Pe. Pedro Canísio Melchert, SJ
Fonte: Revista Mensageiro do Coração de Jesus
Texto com modificações.

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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