7 de setembro – Independência do Brasil

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O dia 7 de Setembro marca a independência do Brasil. Nessa data, 192 anos atrás, o Brasil oficialmente fica independente de Portugal, mas será que a história é bem assim? Uma reflexão mais cuidadosa em nossa história pode nos trazer uma nova perspectiva do significado de 7 de setembro.
Primeiro vamos comparar a independência do Brasil com a de nossos colegas da América. No caso dos Estados Unidos, as colônias antes eram governadas pela monarquia parlamentar inglesa, depois passou a ser governada por uma república democrática americana. Antes a capital (centro do governo) era Londres, depois passou a ser Philadelphia (até ser construída a cidade de Washington) o novo país adotou uma nova moeda, novo sistema bancário etc.
No caso da América Latina a capital era Madrid, o governo era feito pelos monarcas espanhóis, uma monarquia absolutista. Após a independência surgem governos republicanos, novas capitais na américa, inclusive novas divisões, o que antes era Nova Granada, por exemplo, deu origem a Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Panamá, entre outros. Criaram novas moedas, novas bandeiras, novos sistemas bancários, novos países surgiam.
E no caso do Brasil? Quem governava o Brasil antes da independência? A Família Bragança. Quem passou a governar o Brasil após a independência? A mesma família Bragança (antes D. João VI, depois D. Pedro I). Que tipo de governo o Brasil tinha antes da independência? Monarquia absolutista, e que tipo passou a ter depois? Apesar de ter uma constituição, na prática o poder moderador fazia com que o Brasil fosse ainda uma monarquia absolutista, a constituição foi imposta por D. Pedro I. Qual era a capital do Brasil antes da independência? Pasmem, a capital já era o Rio de Janeiro. Isso mesmo, desde a vinda da família real ao Brasil em 1808 o Rio de Janeiro já era capital não só do Brasil, mas também de Portugal (havia um reino chamado Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves que tinha a sua capital no Rio). A bandeira nova incluía o símbolo da monarquia antiga. O sistema bancário brasileiro tinha sido criado por D. João VI quando veio ao Brasil.
Qual a porcentagem da população que se envolveu nas guerras de independência nos outros casos? E qual a porcentagem no caso do Brasil? Basicamente não houve guerra pela nossa independência (poucas batalhas como Jenipapo). E para quem ainda não se convenceu, pergunta-se o que George Washington ou Bolívar jamais fariam após a independência? Abandonar o país em questão para governar aquele do qual tinham ficado independentes. O que D. Pedro I faz poucos anos após tornar o Brasil independente? Abandona seu filho de 5 anos aqui e assume o trono em Portugal como rei D. Pedro IV e fica lá até sua morte.
O que comemorar em 7 de setembro então? Não uma independência do passado, mas a nossa luta a cada novo dia por um Brasil cada vez mais independente e melhor.
Leandro Villela de Azevedo (Professor de História, graduado pela USP).
Fonte: A12.com

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As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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