Nos caminhos de Emaús

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“Os dois discípulos caminhavam para uma aldeia chamada Emaús… Enquanto iam conversando, Jesus aproximou-se deles e caminhava com eles. Seus olhos estavam como que vendados e não o reconheceram… Ao se aproximarem da aldeia para onde iam, Jesus fez como se quisesse passar adiante. ‘Fica conosco – pediram os discípulos -, já é tarde e o dia declina’. Entrou então com eles. Sentados à mesa, Jesus, abençoou-o, partiu-o e o entregou aos discípulos. Foi então que reconheceram o Mestre… Mas ele desapareceu.” (Lc 24,13-31)
Foi ao partir do pão que os discípulos de Emaús reconheceram o Mestre.
Esta é a rota, o barco a ser navegado, a solução: o pão repartido, a solidariedade traduzida em obras num serviço comunitário de entreajuda e participação.
Ser cristão é viver a fé no cotidiano das pequenas coisas, partilhando  que somos e o que temos, fazendo-nos ponte que une, fonte que mata sede, vela que se consome iluminando à sua volta , mesa acolhedora, comunhão.
Que bom seria se, a cada entardecer, pudéssemos depositar aos pés do sacrário alguns gestos concretos da nossa solidariedade com os irmãos mais sofridos, humildes e carentes. é tão fácil e moderno estar ao lado dos mais pobres em discursos, em belas palavras! E tão mais raro e difícil ultrapassar o estágio apenas retórico para buscar identificação profunda com classes menos favorecidas, os prediletos de Jesus.

‘O pão mais sagrado é o pão repartido, partilhado!”

O mundo procura paz, harmonia, serenidade… Deus é a paz. Corações vazios e carentes gritam por compreensão, ternura e acolhimento, Deus é Amor. Perdidos nos labirintos da angústia, da esperança e dos ministérios, milhões de criaturas suplicam por claridade. Deus é a Luz.
Viver é esperar. E esperar é viver. Desde a manhã da ressurreição, mais de dois mil anos atrás, a esperança cristã sustenta as pequenas-grandes esperanças humanas, incendiando de alegria, de fé, de otimismo e júbilo pascal os horizontes da humanidade. Quem orienta seu rosto e vida para Deus jamais será um pregador de causas perdidas, um missionário sem mensagem.
“Quem encontrou Cristo, em profundidade, torna-se apóstolo ao natural. No tempo, a caminhada da eternidade.”

 Fonte: Revista Mensageiro do Coração de Jesus
Pequenas  Histórias – Pe. Roque Schneider, SJ

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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