A Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006, criou mecanismos
de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. Trata-se de um importante instrumento pelo fim do machismo
no Brasil.
O machismo ainda impera na sociedade brasileira. Ainda se atribui a culpa de um estupro à vítima. Frases como “com aquele shortinho pediu pra ser estuprada” ou “agora se faz de santinha, mas se não tivesse ido à balada o estrupo não teria acontecido” demonstram uma tentativa de culpabilizar a vítima e legitimar a ação do agressor.
Hoje há muita dificuldade na efetivação dessas políticas. A rede de proteção às mulheres vítimas de violência ainda não se educou para essa realidade. Ainda impera – e muito – o pensamento “em briga de marido e mulher não se mete a colher” ou “mulher apanha porque gosta”. Falta capacitação para muitos técnicos que atendem mulheres vítimas de violência. Precisa-se pensar um modelo de educação contra o machismo que atue desde a prevenção nas escolas e nos espaços comunitários, mas que também atinja profissionais responsáveis por esse atendimento. E essa função é do Estado, articulando com a sociedade civil.
É nosso dever cobrar a efetivação de tais políticas com a participação em conselhos, discutindo a temática nos grupos. Somente a partir do engajamento entre governo e sociedade, a violência contra a mulher terá fim!