É muito frequente ouvirmos dos agentes de Pastoral da Saúde que, na missão de visitar os doentes, vivendo a solidariedade no mundo do sofrimento, eles “mais recebem e aprendem” do que oferecem algo. A verdade maior, porém, é que os doentes nos evangelizam. Os bispos da América Latina, no famoso encontro de Aparecida em 2007, afirmam que “os doentes são as verdadeiras catedrais do encontro com o Senhor” (nº 417).
A seguinte oração foi feita por Kirk Kilgour, jogador de voleibol, que, depois de um acidente que o colocou em uma cadeira de rodas, resume o processo de transformação pelo qual passou:
“Pedi a Deus para ser forte a fim de executar projetos grandiosos, e Ele me fez fraco para conservar-me humilde. Pedi a Deus que me desse saúde para realizar grandes coisas, e ele deu-me a doença para compreendê-lo melhor. Pedi a Deus a riqueza para tudo possuir, e Ele deixou-me pobre para não ser egoísta. Pedi a Deus poder para que os homens precisassem de mim, e Ele me fez humilde para que eu Dele precisasse. Pedi a Deus tudo para gozar a vida, e ele me deu a vida para gozar de tudo. Senhor, não recebi nada do que pedi, mas me deste tudo de que precisava. E, contra a minha vontade, as preces que fiz não foram ouvidas. Louvado sejas, ó meu Deus! Entre todos os homens, ninguém tem mais do que eu!”
Pe. Leo Pessini, Camiliano
Fonte: Revista Mensageiro do Coração de Jesus.