Somos Batizados no Batismo de Jesus.

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Era assim o batismo que praticava João Batista no tempo de Jesus e é assim o batismo se repete em muitas denominações pentecostais. O rito manifestava apenas a adesão ou a conversão de uma pessoas às palavras do pregador. Não significava nenhuma graça especial. Por isso, é repetido  tantas vezes quantas forem as conversões ou os pregadores.

Você já notou que em muitos batistérios existe a representação do Batismo de Jesus? Isso porque o Batismo provocou uma mudança substancial no rito do batismo. Conforme narram os Evangelistas, quando Jesus saiu ao encontro de João Batista e solicitou-lhe o Batismo, algo diferente aconteceu. João inicialmente se recusou a batizá-lo, mas depois obedeceu e cumpriu o rito tradicional. No entanto, enquanto cumpria o rito, ocorreu algo surpreendente. Manifestou-se a presença de Deus pai e do Espírito Santo e uma voz declarou: “Este é meu Filho querido, nele coloquei todo meu amor”. A partir desse momento, o batismo adquire uma nova significação: já não será apenas um ato de conversão humana, mas transforma-se num sacramento de adoção divina. Deixa de ser apenas, um ato humano e transforma-se em sinal eficaz de um dom divino, comunicado gratuitamente ao homem, que o marca de forma indelével  como filho e filha de Deus. Pelo rito da água, o Espírito Santo penetra o ser humano e repete-se  a voz do pai a cada batizando: “Você é meu filho querido, minha filha querida, em você eu coloco todo o meu amor”.

O Batismo da Igreja Católica é um sacramento  que atualiza o Batismo de Jesus e não o batismo de João Batista. Somos batizados no Batismo de Jesus, ou seja, somos integrados como membro do seu Corpo ressuscitado, de tal modo que o Pai sempre nos vê inseridos em seu Filho único e não pode ser repetido. Uma vez adotados por Deus Pai como filhos, nós o seremos para sempre, como bons ou maus filhos, mas sempre filhos. E Ele jamais se cansará de nos amar, de nos esperar quando estamos longe dele, de nos perdoar quando voltamos e de nos abraçar com alegria como seus filhos queridos.

Pe. José Ulysses da Silva, C.Ss.R
Fonte: Revista de Aparecida – janeiro 2016

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Antonia – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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