antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado,
e te havia designado profeta das nações”. Jr 1,5
Antonia Maria Vitória Joana Oviedo y Schontal, era seu nome de batismo. E foi as vésperas da primavera, em 16 de março de 1822, às 2 horas da manhã, em Lausana (Suíça), que Deus nos presenteou com seu nascimento.
Esta mulher que anos mais tarde assumiu o nome de Antonia Maria da Misericórdia – nome este que fala muito de si – e justamente com Padre José Maria Benito Serra se tornou fundadora de nossa Congregação, a Congregação das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor.
Ela que chegou para marcar toda uma época, ou melhor, para modificar vidas! Transformou e transforma histórias não somente de nós Irmãs Oblatas, e de cada mulher em situação de prostituição atendida, mas também de cada leigo (a), agente Pastoral e funcionários (as) que nesses quase 150 anos de missão tiveram e têm contato com nossa Congregação e Projetos.
Antonia, mulher que deixou sua marca e um grande legado, mulher de personalidade forte e decidida, mulher que soube ser Mãe e Mestra; de uma espiritualidade e pedagogia sem igual.
Antonia… Uma menina que não teve a oportunidade de conhecer seu pai, pois ainda recém-nascida ele parte para Londres por melhores condições de trabalho, para nunca mais voltar. Ele falece quando Antonia ainda tinha 13 anos e morre nos braços de Susana (mãe de Antonia), pois esta vai ao encontro de seu marido quando sabe que este estava doente.
Esta pequena menina que já na sua infância passava por grandes provações, se deixou conduzir pelo Espirito… e se tornou uma grande e admirável mulher. Ela se torna educadora das filhas da Rainha, vira uma mulher da corte e faz o mais lindo e com certeza desafiante processo de entrega, de oblação da própria vida.
Após um processo de discernimento, dúvidas, medos, incertezas, Antonia Maria de Oviedo y Schontal tem seu primeiro contato com as mulheres em situação de prostituição. Ela colocou o “pé’ na realidade, assim como Jesus que se encarnou na realidade, experimentou o cotidiano de seu povo, Antonia desceu, saiu do Palácio e se encarnou no cotidiano delas, “Eu vi a aflição do meu povo… ouvi os seus clamores por causa de seus opressores.. E desci para livrá-lo” Ex 3,7-8.
E na certeza que este Deus que a fez descer, estaria a acompanhando, ela diz o seu SIM a Deus, a seu chamado, a sua Obra.
Hoje, nossos corações agradecidos a Deus rejubilam e alegram-se pelos 192 anos de seu nascimento.
Priscilla Fernandes.