Só quem faz a experiência de se sentir atraído pela voz e pelo amor de Deus deixa-se conduzir pelo Espírito, também na missão de comunicação a esperança e confiança, próprios de quem é enviado como profeta. Unindo as mensagens do Papa relacionadas à missão e o vocação, podemos afirmar que todo/a vocacionado/a são comunicadores e missionários porque Deus o reveste com seu amor e a profecia em favor dos irmãos. Ele ama, chama e envia em missão para que seja Sua presença e O anuncie ajudando as pessoas a se deixarem atrair pela voz de Deus.
Quando partimos da experiência de que o chamado é dom e iniciativa de Deus que requer uma resposta coerente, entendemos que também o anúncio do Evangelho requer do discípulo missionário um ser e atuar movido pelo Espírito e pela profecia do ontem e no hoje “Não tenhas medo que eu estou contigo” (Is 43,5).
Vocação é uma experiência visceral para o serviço; a vocação requer um “estilo” de comunicador e de anúncio; a missão acontece no cotidiano, “na estrada”.
Só a experiência visceral e consciente do amor e da ternura de Deus na própria vida transforma o ser humano para torná-lo um discípulo missionário capaz de entregar-se a serviço do outro, nas mais diversas situações, por amor e não por dever. Com toda clareza o papa Francisco diz: “o discípulo não recebe o dom do amor de Deus para sua consolação privada; não é chamado a ocupar-se de si mesmo nem a cuidar dos interesses duma empresa; simplesmente é tocado e transformado pela alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade dos discípulos, é uma alegria missionária”.
Trechos com adaptação.
Texto de Ir. Helena Corazza, FSP
– Jornalista, doutora em Ciências da comunicação
pela ECA-USP, escritora e docente.
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