A comunidade Nazaré- RJ, começa o mês de dezembro com muitas atividades!
Irmã Beatriz relata as atividades feitas na Oficina da Memória do dia 1º de dezembro.
“A aula desta quinta-feira começou com números e com a equipe nos animando a que devemos estar ligadas aos números porque eles estão muito presentes na nossa vida. Fomos lembrando a presença deles relatando uma série de situações como a hora que acordamos, o pagamento que fazemos, o troco que recebemos, o tempo de duração da aula, enfim realmente os números fazem parte do nosso cotidiano!
A partir daí fizemos vários cálculos de cabeça somando e subtraindo, seguido de um desafio que nos convidava a fazer ‘o próximo cálculo de cabeça com rapidez!’ e cá entre nós, ninguém acertou!
O tema que se seguiu foi sobre Mudança e a pergunta era:
Perguntaram-nos: vale a pena mudança?
– no quarto.
– na maneira de pensar.
– dos nossos horários.
– das nossas condutas de relação.
– de mentalidade…
Nós precisamos nos adaptar às mudanças próprias da vida!
A própria espécie humana foi se adaptando às mudanças! E quando não se muda, por falta de adaptação, se pode morrer…
Falando sobre mudanças lembrou-se de Darwin e a Teoria da evolução das espécies: as espécies que se adaptam são as que sobrevivem, lembrando o exemplo das Girafas que por gerações, tiveram que esticar o pescoço na busca de alimento.
É ele quem afirma em 11 de janeiro de 1844, em carta ao amigo e botânico John Dalton Hooker, “confessando” antecipadamente sua conclusão de “A Origem das Espécies”, conclusão essa que contradizia toda sua pesquisa inicial:
“Eu estou quase convencido de que (completamente contrário à opinião de quando comecei) as espécies não são imutáveis.”
A esse processo Darwin deu o nome de seleção natural: os mais adaptados às condições
do meio ambiente sobrevivem e se reproduzem e a cada geração os que se reproduzem
são, preferencialmente, aqueles que possuem melhores condições de adaptação ao meio ambiente.
Continuamos com o tema conversando e refletindo a partir de algumas afirmações:
“Não pode haver transformação das trevas em luz e da apatia em movimento sem emoção”
(Carl Jung)
Uma Irmã colocou também a importância do esforço que é necessário para a mudança, mas na verdade é o afeto que mexe conosco por dentro e nos mobiliza para uma real mudança!
Consciente ou não a mudança está acontecendo! Mas a pergunta fundamental é:
Estamos mudando em que direção?
Essa pergunta é importantíssima nesta fase da vida porque é mais fácil “seguir a boiada”! Dá para entender, não é?
“O homem não é a criatura das circunstâncias; as circunstâncias é que são criaturas do homem.”
(Benjamin Disraeli)
Boa parte da nossa vida está em nossas mãos. Nós construímos as circunstâncias e por mais que elas sejam adversas, nós podemos reverter as circunstâncias!
Porque não usar a força em busca da mudança, da mudança do dia-a-dia da vida da gente? Porque não tomar decisões consultando profundamente a nós mesmas!
“Ou nós encontramos um caminho, ou abrimos um.” (Aníbal)
“É nos momentos de decisão que o seu destino é traçado.” (Anthony Robbins)
Depois do intervalo lemos o Autoretrato de Graciliano Ramos
E em seguida, inspiradas no seu estilo de escrever, cada uma de nós foi redigindo o seu autoretrato.
E ao final desta aula, que é a última do ano, fomos convidadas a numa palavra dizer o que significou os encontros semanais da Oficina da Memória para a nossa comunidade. Foi mais um momento de reconhecer como a experiência que estamos fazendo vem nos ajudando pessoalmente e na relação entre nós, irmãs e marias, animando a todas nós a envelhecer com graça, aproveitando esta fase da vida para não parar de crescer e desenvolver todas as potencialidades que temos, descobrindo as muitas vantagens do envelhecimento.